segunda-feira, 10 de agosto de 2009

POR QUE
VAMOS A
HONDURAS?


Por deputado Sargento Amauri Soares

Os amigos fazem essa pergunta, e estes estão preocupados com nossa segurança e com todas as coisas que temos por fazer em nosso país e em nosso estado. A eles respondemos que vamos a Honduras porque nossa fraternidade é maior que nosso Estado e maior mesmo que nosso país, que é imenso. Honduras é um país pequeno, situado na América Central, quase nunca lembrado por nós, a não ser por raras participações (passadas) em eventos esportivos, e por ter sido base para os ataques dos “contras” à Revolução Sandinista da Nicarágua na década de 1980. É um país pobre, dessa pobreza que afeta a maior parte do povo latino-americano e caribenho, inclusive em Santa Catarina. Honduras nunca teve um governo que fosse independente dos interesses externos, especialmente dos monopólios privados dos Estados Unidos. É o típico país que pejorativamente tem sido chamado de “República das Bananas”.

Evidente que seu povo não está de acordo com isso, e que sempre foi vilipendiado por governantes submissos aos interesses do imperialismo e de seus monopólios.

Existe em nosso país uma noção errada do que está ocorrendo em Honduras. A maior parte dos grandes meios de comunicação fala de um governo que foi afastado do poder porque queria burlar a Constituição, e isso é uma grande mentira. Os meios golpistas locais, formados por grandes empresários e por uma elite de oficiais produziram essa tese, que não corresponde à verdade. O que o governo de Manuel Zelaya pretendia era tão somente permitir que o povo opinasse sobre a importância, ou não, de se eleger uma nova Assembléia Constituinte, e essa decisão seria tomada pelo povo no mesmo processo eleitoral, que deveria ser realizado em dezembro.

Os grandes empresários locais, com um general à frente, realizaram um golpe de estado, e não tem outra forma para denominar o que fizeram. Sequestraram o presidente Zelaya numa madrugada, e o levaram para São José da Costa Rica, sem autorização daquele país e sem autorização também dos países sobre os quais passaram com o avião que realizava o sequestro. Se isso não for um golpe, então as palavras estão trocando de significado. O pecado do presidente legal e legítimo de Honduras, Manuel Zelaya, foi querer confiar o destino da pátria nas mãos do povo. Esse é o grande pecado dos governantes em tempos em que entendem democracia como o direito dos grandes monopólios e do sistema financeiro continuar explorando o nosso povo.

Vamos lá para fazer solidariedade ao povo hondurenho, e para ajudar a deixar claro que nosso continente não aceitará mais os golpes, pois, faz poucas décadas, que espalharam governos ditatoriais sobre todos os países da América do Sul e da América Central com os mesmos argumentos: prevenir contra “o perigo vermelho”. Na verdade, usam a democracia para enganar os povos com falsas promessas, que nunca cumprem. Quando aparece um governo que cumpre com seus propósitos, e que caminha para a resolução dos graves problemas sociais e econômicos, levantam-se os golpistas e, cinicamente, falam em “preservar as instituições”.

E o que são as “instituições” se não a vontade do povo erigida em poder? Bom, pelo menos é o que está escrito em cada Constituição. No entanto, quando o povo de fato começa a tomar parte da política, e colocar na ordem do dia suas demandas mais importantes, vêm os golpistas, com todos seus aparatos, de diplomacia (com palavras doces para esconder perfídias), de contra-informação (para esconder a verdade), de violência (para calar os que não querem viver na humilhação sem fim). Os governos anti-povo e entreguistas são ditos democratas; os governos que se aliam ao povo são mal falados, são chamados ditadores. Nunca a inversão da verdade esteve tão evidente em nosso país e em toda a América.

Ficamos contentes com as preocupações dos amigos, e informamos que estaremos de volta em breve, dentro de cinco dias. Continuaremos trabalhando todas nossas demandas, com a mesma dedicação de sempre. E temos certeza de que estaremos mais fortes, pois mais gente na América Latina saberá da nossa luta. Quanto à segurança, todos podem ficar tranquilos, pois temos vários amigos em todas as partes do mundo, e estes saberão nos guiar pelos bons caminhos.

Os que estão preocupados com os custos dessa viagem, preocupem-se também com os custos das viagens com interesse comercial, ou mesmo com interesse pessoal, que tantos outros, especialmente do Poder Executivo, fazem. Aliás, há poucos meses se publicou uma lista de gente que andou distribuindo passagens a parentes, amigos, namoradas. Acho que é dever de um parlamentar defender os direitos elementares de um povo irmão, e é esta também a melhor prevenção contra outros golpes que podem tentar, inclusive em nosso país. É justamente por defender a democracia, a soberania popular, a autodeterminação dos povos, que estamos indo a Honduras. Mandaremos notícias sempre que possível.

Saudações Solidárias, fraternas e internacionalistas a todos e todas!

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ARGENTINOS
SOLIDÁRIOS
COM HONDURAS
Compañeras y Compañeros:

Es de conocimiento público que el próximo lunes 10 del corriente se reúne la Unasur en Quito. Pues bien, por acuerdo unánime de todas las centrales sindicales del continente, el martes 11, en coincidencia con la gran marcha que tendrá lugar en TEGUCIGALPA contra el golpe de Estado, se harán movilizaciones en todos los países.

En Buenos Aires la encabezará la CTA y participarán también muchos movimientos sociales. La concentración será a partir de las 16:00, en Callao y Santa Fe, y de allí se marchará hacia la Embajada de Honduras, Av. Callao 1564.

Estamos todos invitados a participar activamente.

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Últimas

Golpistas de Honduras dan paso atrás y aceptan que Insulza integre comisión de la OEA. Leia em TeleSur.

Zelaya reitera críticas a EU y recibe apoyo de Unasur. Consideró que los esfuerzos de Washington “no son suficientes”; cancilleres de Unasur reafirmaron que no reconocerán "ninguna convocatoria a elecciones de parte del gobierno de facto". Leia em La Jornada.

Unasur respalda restablecimiento de Zelaya en el poder. Leia em Cuba Debate.

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Golpe de Estado en Honduras
Otto Reich y el golpe de Estado en Honduras: el provocador, su discípulo y el presidente derrocado

El mismo día en que se inició el golpe de Estado en Honduras, Roy Chaderton, el embajador venezolano ante la Organización de Estados Americanos (OEA) habló con ira contenida durante una sesión extraordinaria mientras miraba directamente a Héctor Morales, el también embajador usamericano ante la OEA.

“Hay una persona que ha sido muy importante dentro de la diplomacia usamericana; una persona que ha restablecido sus contactos con antiguos amigos y colegas para ayudar y animar a quienes han perpetrado el golpe”, dijo. “El nombre del caballero es Otto Reich, ex asesor del Secretario de Estado para Asuntos de Occidente durante el gobierno de George [W] Bush. Nosotros sufrimos a este hombre cuando fue embajador en Venezuela, como intervencionista; luego lo hemos padecido desde su puesto de asesor del Secretario de Estado… Hemos tenido el Primer Reich, después el Segundo Reich y ahora, por desgracia, nos enfrentamos al Tercer Reich que se mueve en el ámbito latinoamericano gracias a una ONG para avivar las llamas del golpe”. De Machetera y Tlaxcala. Traducido por Manuel Talens y Paloma Valverde. Edición de Atenea Acevedo.
Leia em Rebelión.

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