RELATO EXCLUSIVO
SARGENTO AMAURI SOARES
Por telefone de Honduras
SARGENTO AMAURI SOARES
Por telefone de Honduras
Até os soldados do Exército e policiais verteram lágrimas quando a multidão de 50 mil pessoas cantou o hino nacional hondurenho, com os punhos cerrados, durante a manifestação da última terça-feira (11.8) em Tegugigalpa (Honduras). O relato é do deputado estadual Amauri Soares (PDT), feito há pouco por telefone (10h50, 12.8), do hotel em que está hospedado. Acompanhado de Ivan Pinheiro (secretário geral do PCB) e Marcelo Buzetto (dirigente nacional do MST), o sargento PM Amauri acompanhou de perto toda essa movimentação.
Um detalhe importante é que a coordenação da Frente contra o Golpe foi surpreendida com a presença expontânea de milhares de manifestantes, agindo por conta própria, desaparecendo tão depressa quanto surgiam. Ou seja, aos manifestantes organizados, vinculados a entidades sociais e sindicais, se somaram milhares de outros sem nenhum vínculo, preocupando os coordenadores.
Ontem (terça, 11.8) houve um momento de grande tensão por volta das 11 horas, quando uma multidão se concentrou a cerca de 500 metros do Palácio Presidencial. Grupos de estudantes e outros jovens tomaram a frente e com o apoio da massa forçaram o cordão de isolamento policial, chegando a aproximadamente 200 metros do local onde se reúnem os golpistas. Imediatamente apareceram centenas de policiais e tropas do Exército, cercando os manifestantes.
"Com muito custo a coordenação da Frente conseguiu que a multidão recuasse, pois teria havido um banho de sangue", testemunha Soares. No ato iníciado por volta das 17 horas (horário de Honduras), manifestantes que se encontravam na periferia da multidão, apedrejaram estabelecimentos do HSBC, MacDonalds, Pizza Hut e outros lestabelecimentos de origem estrangeira. "As lojas nacionais não foram atacadas e inclusive os funcionários aplaudiam os manifestantes quando passavam", relata o deputado.
O episódio da queima de um ônibus ainda não está bem explicado. Existem versões de que o motorista teria atirado contra os manifestantes. Outros dizem que tentara atropelar alguém. Em resposta o veículo foi incendiado. Correm informações de que um restaurante de comida rápida teria sido queimado por pessoas ligadas aos golpistas - versão reforçada pela rádio Globo Honduras.
Amauri Soares confirmou também que a única emissora de rádio que combate abertamente o golpe é a Globo Honduras, juntamente com a Maya TV (mais moderada). "Os repórteres das duas emissoras foram proibidos de entrar no Palácio do Governo", destacou. O poderoso canal 10, entretanto, lidera a defesa do golpe e desqualifica como pode a resistência.
Nesse momento (9h em Honduras) o deputado e demais integrantes da comitiva estão reunidos com lideranças da Frente contra o Golpe no hotel. Discutem a possibilidade de um deslocamento até San Pedro Sula, distante cerca de quatro horas de carro, onde também estão previstas grandes manifestações. "É a cidade industrial hondurenha, é a nossa Joinville", comenta Soares. Mas é possível que permaneçam na capital, onde os manifestações começam ainda pela manhã.
Um detalhe importante é que a coordenação da Frente contra o Golpe foi surpreendida com a presença expontânea de milhares de manifestantes, agindo por conta própria, desaparecendo tão depressa quanto surgiam. Ou seja, aos manifestantes organizados, vinculados a entidades sociais e sindicais, se somaram milhares de outros sem nenhum vínculo, preocupando os coordenadores.
Ontem (terça, 11.8) houve um momento de grande tensão por volta das 11 horas, quando uma multidão se concentrou a cerca de 500 metros do Palácio Presidencial. Grupos de estudantes e outros jovens tomaram a frente e com o apoio da massa forçaram o cordão de isolamento policial, chegando a aproximadamente 200 metros do local onde se reúnem os golpistas. Imediatamente apareceram centenas de policiais e tropas do Exército, cercando os manifestantes.
"Com muito custo a coordenação da Frente conseguiu que a multidão recuasse, pois teria havido um banho de sangue", testemunha Soares. No ato iníciado por volta das 17 horas (horário de Honduras), manifestantes que se encontravam na periferia da multidão, apedrejaram estabelecimentos do HSBC, MacDonalds, Pizza Hut e outros lestabelecimentos de origem estrangeira. "As lojas nacionais não foram atacadas e inclusive os funcionários aplaudiam os manifestantes quando passavam", relata o deputado.
O episódio da queima de um ônibus ainda não está bem explicado. Existem versões de que o motorista teria atirado contra os manifestantes. Outros dizem que tentara atropelar alguém. Em resposta o veículo foi incendiado. Correm informações de que um restaurante de comida rápida teria sido queimado por pessoas ligadas aos golpistas - versão reforçada pela rádio Globo Honduras.
Amauri Soares confirmou também que a única emissora de rádio que combate abertamente o golpe é a Globo Honduras, juntamente com a Maya TV (mais moderada). "Os repórteres das duas emissoras foram proibidos de entrar no Palácio do Governo", destacou. O poderoso canal 10, entretanto, lidera a defesa do golpe e desqualifica como pode a resistência.
Nesse momento (9h em Honduras) o deputado e demais integrantes da comitiva estão reunidos com lideranças da Frente contra o Golpe no hotel. Discutem a possibilidade de um deslocamento até San Pedro Sula, distante cerca de quatro horas de carro, onde também estão previstas grandes manifestações. "É a cidade industrial hondurenha, é a nossa Joinville", comenta Soares. Mas é possível que permaneçam na capital, onde os manifestações começam ainda pela manhã.
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