.
Florianópolis-SC (Brasil)
Honduras em debate
Honduras em debate
O jornalista hondurenho Rony Martinez (foto) chega a Florianópolis-SC na próxima segunda-feira (15.3), onde cumpre uma extensa agenda acadêmica e de debates sobre a profissão e a situação política em Honduras. Com 25 anos de idade, Martinez se destacou na cobertura do golpe de 28 de junho de 2009, através da Rádio Globo local. Vem ao Brasil a convite do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina. Outro jornalista de Honduras, Ronnie Huete Salgado, ativo integrante da Frente Nacional de Resistência, se encontra desde o final de janeiro passado em Florianópolis, após receber a segunda ameaça de morte em Tegucigalpa. Confira abaixo uma entrevista concedida por Salgado aos colegas brasileiros Celso Martins e Raul Longo.
*
Agenda de Rony Martinez
15 a 24.3.2010
Florianópolis, Fraiburgo, Joinville, São Paulo
Florianópolis, Fraiburgo, Joinville, São Paulo
15.3 (segunda)
Chegada no Aeroporto Internacional Hercílio Luz às 8h55.
16.3 (terça)
Debate às 9 horas sobre a “Experiência do Jornalismo de Resistência em Honduras”. Debatedores: Rony Martínez Chávez e Elaine Tavares (IELA). “O Olho da Resistência” - apresentação de fotos do jornalista hondurenho Ronnie Huete. Local: IELA/UFSC.
Chegada no Aeroporto Internacional Hercílio Luz às 8h55.
16.3 (terça)
Debate às 9 horas sobre a “Experiência do Jornalismo de Resistência em Honduras”. Debatedores: Rony Martínez Chávez e Elaine Tavares (IELA). “O Olho da Resistência” - apresentação de fotos do jornalista hondurenho Ronnie Huete. Local: IELA/UFSC.
17.3 (quarta)
Debate: “A Soberania Comunicacional e o Jornalismo de Resistência”. Debatedores: Rony Martínez e Elaine Tavares. “O Olho da Resistência” - apresentação de fotos do jornalista hondurenho Ronnie Huete. Local: Universidade Estácio de Sá. Horário: 19h.
18.3 (quinta)
Coletiva de Imprensa para meios alternativos e imprensa sindical. Tema: A experiência de Rádio Globo Honduras durante o Golpe de Estado. Filme “De Um Golpe, Honduras”. Às 15h no Sindicato de Jornalistas
Às 19h, na UNISUL/Pedra Branca, debate sobre “A Soberania Comunicacional e o Jornalismo de Resistência”: Coordenação da Mesa: Míriam Santini de Abreu. Com Rony J. Martínez Chávez, Raúl Fitipaldi e Elaine Tavares. “O Olho da Resistência” - apresentação de fotos do jornalista hondurenho Ronnie Huete. Abre a atividade o estudante Carlos Henrique Pianta
19.3 (sexta)
II Encontro pela Soberania Comunicacional. “O Jornalismo de Resistência”. Coordenação: Rosângela Bion de Assis. Expositores: Rony Martínez Chávez, Elaine Tavares, Jilson Carlos (AGECON) e Raúl Fitipaldi.
II Encontro pela Soberania Comunicacional. “O Uso da Internet na Luta pela Soberania Comunicacional”. Coordenação: Míriam Santini de Abreu. Expositores: Marco Arenhart, Urda Klueger, Ronnie Huete Salgado, Celso Martins. 14h.
Entrega dos Prêmios Volodia Teitelboim. Homenageados: Urda Klueger, Míriam Santini de Abreu, AGECON e Rony Martínez Chávez. Coordenação: Vanessa Bortucan. 16h30.
Pré-estréia do filme “De Um Golpe, Honduras”, com roteiro de Raúl Fitipaldi e direção de Aline Razzera Maciel. 17hs.
20.3 (sábado)
Visita de Rony Martinez à Rádio Comunitária do Campeche e entrevista ao programa “Campo de Peixe”, com Glauco Marques, Débora Daniel, Rubens Lopes e Elaine Tavares – A partir das 10:30 h.
21.3 (domingo)
Deslocamento de Rony Martínez a Fraiburgo.
22.3 (segunda)
Fraiburgo – Visita à rádio comunitária Tangaraense, Escola Agrícola 25 de Maio e Santuário de Taquaruçu. Projeção do filme “De um Golpe, Honduras”.
Em Joinville, conferência e debate como tema “Jornalismo de Resistência” no Auditório IELUSC/ Joinville. Em seguida projeção do filme “De um golpe, Honduras”. 19h.
23.3 (terça)
Reunião de Rony Martínez com Jornalistas do Meio Alternativo de São Paulo, capital. Retorno a Honduras.
Debate: “A Soberania Comunicacional e o Jornalismo de Resistência”. Debatedores: Rony Martínez e Elaine Tavares. “O Olho da Resistência” - apresentação de fotos do jornalista hondurenho Ronnie Huete. Local: Universidade Estácio de Sá. Horário: 19h.
18.3 (quinta)
Coletiva de Imprensa para meios alternativos e imprensa sindical. Tema: A experiência de Rádio Globo Honduras durante o Golpe de Estado. Filme “De Um Golpe, Honduras”. Às 15h no Sindicato de Jornalistas
Às 19h, na UNISUL/Pedra Branca, debate sobre “A Soberania Comunicacional e o Jornalismo de Resistência”: Coordenação da Mesa: Míriam Santini de Abreu. Com Rony J. Martínez Chávez, Raúl Fitipaldi e Elaine Tavares. “O Olho da Resistência” - apresentação de fotos do jornalista hondurenho Ronnie Huete. Abre a atividade o estudante Carlos Henrique Pianta
19.3 (sexta)
II Encontro pela Soberania Comunicacional. “O Jornalismo de Resistência”. Coordenação: Rosângela Bion de Assis. Expositores: Rony Martínez Chávez, Elaine Tavares, Jilson Carlos (AGECON) e Raúl Fitipaldi.
II Encontro pela Soberania Comunicacional. “O Uso da Internet na Luta pela Soberania Comunicacional”. Coordenação: Míriam Santini de Abreu. Expositores: Marco Arenhart, Urda Klueger, Ronnie Huete Salgado, Celso Martins. 14h.
Entrega dos Prêmios Volodia Teitelboim. Homenageados: Urda Klueger, Míriam Santini de Abreu, AGECON e Rony Martínez Chávez. Coordenação: Vanessa Bortucan. 16h30.
Pré-estréia do filme “De Um Golpe, Honduras”, com roteiro de Raúl Fitipaldi e direção de Aline Razzera Maciel. 17hs.
20.3 (sábado)
Visita de Rony Martinez à Rádio Comunitária do Campeche e entrevista ao programa “Campo de Peixe”, com Glauco Marques, Débora Daniel, Rubens Lopes e Elaine Tavares – A partir das 10:30 h.
21.3 (domingo)
Deslocamento de Rony Martínez a Fraiburgo.
22.3 (segunda)
Fraiburgo – Visita à rádio comunitária Tangaraense, Escola Agrícola 25 de Maio e Santuário de Taquaruçu. Projeção do filme “De um Golpe, Honduras”.
Em Joinville, conferência e debate como tema “Jornalismo de Resistência” no Auditório IELUSC/ Joinville. Em seguida projeção do filme “De um golpe, Honduras”. 19h.
23.3 (terça)
Reunião de Rony Martínez com Jornalistas do Meio Alternativo de São Paulo, capital. Retorno a Honduras.
*
Ronnie Huete
A saga de um jornalista
perseguido pela ditadura
A saga de um jornalista
perseguido pela ditadura
Choveu muito na noite de 28 para 29 de junho de 2009 em Tegucigalpa, mas isso não impediu que milhares de pessoas se concentrassem em frente de casa presidencial deposto Manuel Zelaya, protestando contra o golpe. Os militares reprimiram durante os manifestantes, usaram balas de borracha e madeira, munição real, lançaram gazes, espancaram jovens estudantes, donas de casa, trabalhadores e jornalistas. “Nunca havia presenciado uma cena parecida”, recorda Ronnie Huete Salgado, 29 anos, desde fins de janeiro em Florianópolis, longe das ameaças de morte de que vinha sendo vítima. Foi seu batismo de fogo nas lutas da Resistência.
Nascido no dia 17 de fevereiro de 1981 em Tegucigalpa, filho de Demetrio Huete Bautista e Letícia Salgado Palma, fez os estudos iniciais no Instituto Evangélico Francisco G. Penzotyy (primário, seis anos, e ciclo comum de cultura geral, 3 anos) e no Instituto Monsenor Turcios (ensino médio). Ingressou em 1999 na Universidade Nacional Autônoma de Honduras (UNAH), se formando em jornalismo em 2005. No ano seguinte fez um mestrado em Cooperação e Desenvolvimento na Universidade de Valência (Espanha). A seguir uma entrevista feita com Ronnie Huete em Sambaqui (Florianópolis-SC) pelos jornalistas Celso Martins e Raul Longo.
¿Cómo se intereso por el periodismo?
El control de la información en Honduras siempre ha generado controversias entre la población, puesto que su origen y publicación siempre beneficia a un sector en particular. Eso llamo poderosamente mi atención, ya que la verdad nunca se decía en mi país.
¿Cuáles son los principales vehículos de comunicación en Honduras y cuáles son sus relaciones con la oligarquía dominante?
La radio y la televisión son los medios de comunicación más influyentes y su monopolio es controlado por la familia oligarca Villeda-Toledo y Rafael Ferrari. Los medios escritos también influyen y su monopolio es controlado por Carlos Flores Facussé, Jorge Canahuati Larach y Jaime Rosenthal. Este último también es dueño de una televisora a la que llama canal 11.
Hable un poco de su trayectoria profesional que parece haber iniciado antes de su formación como periodista.
Yo me inicie trabajando como periodista cuando estudiaba el segundo año de periodismo. Comencé trabajando en una televisora que en el 2002 se llamaba canal 66, ahí estuve seis meses trabajando sin recibir ningún tipo de ingreso y luego me contrataron y estuve ocho meses más. También hice colaboraciones para radio Globo que en ese momento iniciaba. Luego en 2005 tuve la grata oportunidad de trabajar en el periódico EL Libertador en donde realizaba reportajes de investigación bajo un esquema de comunicación alternativa fue ahí donde realice formalmente mi práctica profesional. A mediados de 2007 inicie trabajando como editor de diario El Heraldo, pero debido a diferencias políticas con la empresa decidí renunciar un año después para trabajar de forma independiente.
¿Cómo se dio su formación política?
Como militante en la izquierda me inicie en la UNAH en donde a raíz de una larga huelga de los docentes me incorpore a esa lucha para luego militar en el Frente de Reforma Universitaria (FRU) ahí fungí como Secretario de organización política y luego como Secretario general. En el año 2003 fui candidato a la Presidencia de la Asociación de Estudiantes de Periodismo por el movimiento que lideraba el FRU. Luego de graduarme en la UNAH comencé a militar en 2005 en la Juventud Popular Morazanista (JPM), cuyo organismo nació ese año. En el año 2006 aplique una beca de estudio para estudiar un postgrado en cooperación para el desarrollo en la Universidad de Valencia, España en donde viví un año.
¿Qué estaba haciendo antes del golpe civil militar del 28 de junio de 2009?
Estaba trabajando en proyectos alternativos de educación no formal en las zonas rurales de Tegucigalpa, enfocado en los temas de comunicación para el desarrollo. De igual forma realizaba consultorías y trabajos como periodista independiente. Desarrolle las relaciones públicas de la sexta Bienal de las artes Visuales del istmo centroamericano y propuestas de proyectos de cooperación para alfabetizar en la zona rural, sin embargo este proyecto nunca logro concretarse.
¿Cuál era la posición de la Juventud Popular Morazanista frente al gobierno de Manuel Zelaya, antes del golpe?
Fue una posición muy crítica, ya que teníamos ciertas dudas políticas sobre el partido político al que pertenecía, ya que por antonomasia ha sido de derecha, sin embargo la propuesta de la cuarta urna para la instalación de una Asamblea Nacional Constituyente, la anexión de Honduras a la ALBA y la puesta en marcha de una licitación pública internacional sobre el control monopólico de los combustibles, fueron acciones que ameritaban apoyarlas.
¿Cómo se relaciono con el Frente Nacional contra el golpe de Estado y que tareas ejerció en ese periodo?
El día 28 de junio de 2009 me instale en Casa Presidencial con mi equipo periodístico para enviar información a los contactos que tengo con periodistas en España y otras organizaciones. Comencé tomando fotografías de lo que ocurría bajo una cruda represión que marcó la pauta de las que se avizoraban.
Con un compañero de lucha de otra organización política me propuso conformar una comisión de comunicación para publicar un semanario que se llamaba “Resistencia” y fue ahí que me incorpore al Frente Nacional contra el golpe de Estado.
¿Cuándo surgió su primera amenaza de muerte y cuál fue su reacción y la de sus compañeros?
El 23 de octubre fue la primera amenaza que yo recibí a través del celular del militante de la JPM Cristino Salgado en el que se advertía de mi asesinato. Pero la organización recibe amenazas desde el 20 de julio de 2009 y el día 9 de octubre desconocidos intentaron secuestrar a la compañera Sandra Andino quien es la segunda mejor estudiante de la Facultad de Medicina de la UNAH. Al principio reaccionamos tranquilos, pero luego del intento de secuestro de Sandra, comenzamos aplicar fuertes medidas de seguridad.
¿Cuándo fue la segunda amenaza?
El 30 de diciembre de 2009 a través del celular de la compañera Suny Arrazola, recibió dos mensajes que la amenazaban a ella y a mí. Por lo que de inmediato procedí hacer la alerta al COFADEH y a medios de comunicación afines a la resistencia como radio Globo y prensa internacional.
¿Cuáles fueron las medidas de seguridad que usted tomo ante esos mensajes?
Cambiar de rutina, dormía en diferentes sitios, cambiaba constantemente de apariencia, cambie de número de celular, la JPM recibió talleres de seguridad y cuatro compañeros que también fueron amenazados salieron del pais por dos meses. Sin embargo lo del cambio de rutina y lo de dormir en distintos sitios lo hicimos desde un principio.
¿Alguien de la Resistencia fue muerto en Honduras después de recibir ese tipo de mensajes a través del celular?
Si, en diciembre resultaron asesinados los compañeros Walter Trochez y Renan Fajardo, luego en febrero resulto asesinada Vanessa Zepeda y Claudia Brizuela, sin embargo hay otros casos que por razones de seguridad de la familia de los afectados, el CODAFEH no público.
¿Cuál es el saldo a las violaciones de los derechos humanos hasta el momento?
Después del 27 de enero de 2010 el COFADEH manifestó que se han suscitado dos secuestros, ocho personas torturadas, dos agresiones sexuales, 14 allanamientos, 53 capturas ilegales, 150 exiliados, cuatro asesinatos y 55 familias perseguidas que han sido obligadas a cambiar de domicilio.
¿Cuál es la posición del FNRP ante la dictadura representada por Porfirio Lobo Sosa?
El FNRP no reconoce el gobierno de Porfirio Lobo porque fue elegido bajo una dictadura fascista como la que dirigió Roberto Micheletti, por lo que Porfirio Lobo es la continuación de ese régimen espurio.
¿Cuál es la importancia de Brasil en la lucha contra la dictadura hondureña?
Brasil es una nación hermana que Honduras le debe mucho. Su apoyo es importante porque como gigante latinoamericano puede influir mucho en las decisiones de nuestra América y sobre todo en las injerencias que los yanquis ejecutan en la continuación de la dictadura, pero aprovecho este espacio para llamar de igual forma a todas las naciones hermanas que conformamos Latinoamérica, puesto que esta lucha es de todos los pueblos que históricamente también han vivido la barbarie por la que actualmente pasa Honduras. ¡Solo vencen los que resisten!
*
Ronnie Huete e a jornalista Elaine Tavares (IELA-UFSC),
responsável pela vinda de Rony Martinez ao Brasil.
responsável pela vinda de Rony Martinez ao Brasil.
Raul Fitipaldi (d) do portal Desacato, organizador do
II Encontro pela Soberania Comunicacional, e Huete.
II Encontro pela Soberania Comunicacional, e Huete.
Nenhum comentário:
Postar um comentário