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Raúl Fitipaldi, Candelario Reyes García, Gustavo Zelaya, FNRP, Jessica Isla, Feministas en Resistencia, UEAH, COPINH, Artistas en Resistencia.
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Um ano de fantasmas e
resistência em Honduras
Por Raúl Fitipaldi
Um ano de fantasmas e
resistência em Honduras
Por Raúl Fitipaldi
A história virou sobre os calcanhares e numa brincadeira da sorte, Honduras que vinha integrando-se à sua região, a um pequeno progresso, às primeiras brisas da mudança mínima, viu-se obrigada a ingressar nas cavernas da ditadura. Foi tão anacrônico, tão grotesco o Golpe de Estado, que a história dirá, sem dúvida, que propiciou no médio prazo mudanças maiores, mais profundas, não mais encabeçadas por um homem bom, senão por um povo bom.
Não deve existir nenhum latino-americano consciente que afirme que sua vida política foi indiferente com Mesoamérica desde o 28 de junho de 2009. Os ianques mais uma vez nos enganaram, nos mentiram, abusaram de nós. De novo as oligarquias ordinárias, apátridas, usurárias, serviram-se das armas que compra o povo para lhe açoitar. Castigaram pobres, indígenas, mestiços, trabalhadores, estudantes, mataram mulheres indefesas. A receita da humilhação, a mentira, a norte e a impunidade se engendrou no laboratório bananeiro dos gringos. E nos pegou de calças na mão, literalmente incrédulos, sem reação. Nos pegou dormindo no século XXI, com menos pesadelos que no século XX, com algumas esperanças em nosso cofre de sonhos. Só mal-dormindo pela Colômbia, o Panamá, Peru e alguma que outra úlcera do passado. Acordaram-nos de um tiro, um tiro em Honduras. De golpe emergiu um desses paisinhos que nunca lembramos em primeiro lugar quando fazemos a longa lista da Nossa História da Pátria Grande e Libertária. Apareceu-se e ficou em nosso colo, até que se liberte para sempre; fixou-se em nossos olhos e nos ouvidos, juntou-se Honduras à solidária labor da liberdade. Ressuscitou Francisco Morazán.
Os fantasmas dos nacionalistas e liberais mais reacionários começaram a menear-se no labirinto da história. O roto neroniano de Micheletti, o cinismo de Vázquez Velázquez, a ortopedia intelectual de Ramón Custodio López, a batina taciturna do fascista Andrés Rodríguez Madariaga, regaram-se pela internet. As fotos destes repressores começam a flutuar num terreno cenagoso, em páginas dissolutas dos jornais pró-ianques. A acéquia do atraso começou a cuspir mentiras até fartar-se de enganações e inventar uma eleição fraudulenta e sem representatividade que deu luz internacional ao tal Porfírio Lobo Sosa. Que acontecerá com Honduras? Será Honduras início do temporal para a região? Os latino-americanos não queremos mais coturnos, mais fome da que temos, mais leilão da pátria, mais morte, mais desaparição.
E então vem aí o grito de Honduras Resiste! Nas abas do chapéu do líder, nas respostas dos homens de bem, na Venezuela de pé, no Equador sem bases ianques, na Bolívia originária, na Cuba revolucioniária, na Nicarágua de Sandino, no Brasil, no Uruguai, na Argentina, na terra guarani... na Pátria toda começa a mover-se a idéia, a palavra, a multiplicação do grito, Honduras Resiste! Abraçamo-nos aos jornalistas hondurenhos e o eco ressoa da Cordilheira até as profundezas do Amazonas, do Prata até as margens do Rio Bravo, Honduras Resiste! É hoje, quando o fantasma se proclama duvidosamente vitorioso, que as pessoas se juntam à procura da mudança. Falam para os ianques agressores que os anônimos, os negros, os índios, os artesãos, os operários brancos e mestiços decidiram que os 28 de Junho se festejará a luta pela liberdade. Essa resistência, usando as palavras do Che, a formam os majoritários, é uma onda que não pára, e nessa onda vai se afogar mais cedo do que tarde a última tentativa ditatorial do Império. Surgirão os desaparecidos dentre as pedras e serão o edifício da libertação de todos.
Passou-se um ano, mas, Honduras não passou, Honduras se tornou nossa para sempre.
28 de junho de 2010.
Não deve existir nenhum latino-americano consciente que afirme que sua vida política foi indiferente com Mesoamérica desde o 28 de junho de 2009. Os ianques mais uma vez nos enganaram, nos mentiram, abusaram de nós. De novo as oligarquias ordinárias, apátridas, usurárias, serviram-se das armas que compra o povo para lhe açoitar. Castigaram pobres, indígenas, mestiços, trabalhadores, estudantes, mataram mulheres indefesas. A receita da humilhação, a mentira, a norte e a impunidade se engendrou no laboratório bananeiro dos gringos. E nos pegou de calças na mão, literalmente incrédulos, sem reação. Nos pegou dormindo no século XXI, com menos pesadelos que no século XX, com algumas esperanças em nosso cofre de sonhos. Só mal-dormindo pela Colômbia, o Panamá, Peru e alguma que outra úlcera do passado. Acordaram-nos de um tiro, um tiro em Honduras. De golpe emergiu um desses paisinhos que nunca lembramos em primeiro lugar quando fazemos a longa lista da Nossa História da Pátria Grande e Libertária. Apareceu-se e ficou em nosso colo, até que se liberte para sempre; fixou-se em nossos olhos e nos ouvidos, juntou-se Honduras à solidária labor da liberdade. Ressuscitou Francisco Morazán.
Os fantasmas dos nacionalistas e liberais mais reacionários começaram a menear-se no labirinto da história. O roto neroniano de Micheletti, o cinismo de Vázquez Velázquez, a ortopedia intelectual de Ramón Custodio López, a batina taciturna do fascista Andrés Rodríguez Madariaga, regaram-se pela internet. As fotos destes repressores começam a flutuar num terreno cenagoso, em páginas dissolutas dos jornais pró-ianques. A acéquia do atraso começou a cuspir mentiras até fartar-se de enganações e inventar uma eleição fraudulenta e sem representatividade que deu luz internacional ao tal Porfírio Lobo Sosa. Que acontecerá com Honduras? Será Honduras início do temporal para a região? Os latino-americanos não queremos mais coturnos, mais fome da que temos, mais leilão da pátria, mais morte, mais desaparição.
E então vem aí o grito de Honduras Resiste! Nas abas do chapéu do líder, nas respostas dos homens de bem, na Venezuela de pé, no Equador sem bases ianques, na Bolívia originária, na Cuba revolucioniária, na Nicarágua de Sandino, no Brasil, no Uruguai, na Argentina, na terra guarani... na Pátria toda começa a mover-se a idéia, a palavra, a multiplicação do grito, Honduras Resiste! Abraçamo-nos aos jornalistas hondurenhos e o eco ressoa da Cordilheira até as profundezas do Amazonas, do Prata até as margens do Rio Bravo, Honduras Resiste! É hoje, quando o fantasma se proclama duvidosamente vitorioso, que as pessoas se juntam à procura da mudança. Falam para os ianques agressores que os anônimos, os negros, os índios, os artesãos, os operários brancos e mestiços decidiram que os 28 de Junho se festejará a luta pela liberdade. Essa resistência, usando as palavras do Che, a formam os majoritários, é uma onda que não pára, e nessa onda vai se afogar mais cedo do que tarde a última tentativa ditatorial do Império. Surgirão os desaparecidos dentre as pedras e serão o edifício da libertação de todos.
Passou-se um ano, mas, Honduras não passou, Honduras se tornou nossa para sempre.
28 de junho de 2010.
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NOCHE DE LAS PIYAMAS
Hoy, constitución, te acostarás en piyamas
y amanecerás desnuda,
asaltada por bestias rijosas
bien pertrechadas,
armadas
sin rostro, terroríficas
para hacerte el favor democrático
de ser violada cuantas veces sea necesario,
como les ordena uno de sus padres
constitucionalistas.
Te asaltan inspiradas
porque sienten amenaza de piyama,
más bien,
coacción de desnudez de los pobres
con quienes te venís juntando
para hablar de un vestido nuevo para la patria,
traje de madre,
traje de traer, de dar bien y contento.
Por eso se pertrechan de guerra yanqui.
Vos desarmada, en piyamas,
sos un peligro
¡Tenés que ser asaltada!
Y rociarán de tiros tus aposentos,
luego te llevarán a la base gringa de Palmerola:
sur del sur del comando sur.
De allí en adelante sigue el plan de las piyamas,
de san josé
que se viste de golpe para recibirte.
¡Que todo está dicho,
una piyama es un peligro!
amenaza la paz,
las armas de exterminio,
las blancas,
de asalto,
de sicariato
Manumilitari.
Noche de piyamas,
el precio de ingreso,
es un costo de sangre.
La piyama es osadía
¡cuidado!
Desnudo es un peligro
¡cuidado!
Mejor no duermas.
Candelario Reyes García
Honduras.
A horas del golpe, un año después.
Honduras.
A horas del golpe, un año después.
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LA INFAMIA DEL 28
DE JUNIO DE 2009
Por Gustavo Zelaya
DE JUNIO DE 2009
Por Gustavo Zelaya
Podría ser que para muchas personas después del 28 de junio de 2009 solamente han pasado unos cuantos y rutinarios días, alguna baja en la venta de los negocios, la cancelación de la visa de entrada a los Estados Unidos, uno que otro suceso importante o la simple “cosa” de Pepe Lobo. Puras banalidades. Pero muchos más sufrieron la pérdida de hijos, hijas, familiares, alrededor de 160 de ellos fueron asesinados y miles recibieron palizas y son atropellados en sus derechos, cientos se han visto obligados a emigrar para ponerse a salvo junto a sus parientes más cercanos; otros fueron censurados y amenazados por dar a conocer la información alejada de la verdad oficial. Del mismo modo, gran número de hondureños y hondureños siguen siendo perseguidos y amenazados por mantenerse en resistencia contra el golpe de estado. Desde entonces ha transcurrido un año y la historia nacional ya no se ve tan monótona ni lenta.
Muchas nociones y categorías presentes en nuestro pensamiento se modificaron radicalmente y han asomado símbolos diferentes en la identidad, otros significados de la libertad y la solidaridad, importantes grupos sociales que intentan alejarse de las formas patriarcales de dominio y de la marginalidad producida por el sistema social se tornaron visibles. Se puede hablar de otros elementos en la conciencia que toma en cuenta el agua, la tierra, el afecto, la cordialidad y la necesidad de cambiar los perjuicios provocados a la cultura y a los que formamos parte de esta sociedad llamada Honduras; nuevos elementos de la conciencia humana que procuran ser parte de la lucha por frenar los daños a nuestra existencia individual y colectiva, hasta llegar a modificar los procesos sociales y la necesidad de desmantelar la capacidad destructiva del sistema vigente. Esos momentos novedosos muestran también la complejidad de sujetos sociales de modo que se ha puesto en duda la existencia del sujeto único y de jerarquías que nos han hablado de lo superior y lo inferior, del sujeto masculino y a la mujer como objeto de análisis desde una perspectiva parcial, patriarcal, que nos forjaron ideas de una mujer dependiente y con estrictos deberes sexuales referidos a la maternidad. Es probable que esos papeles estén siendo cuestionados, al menos medianamente discutidos en el seno de la lucha popular. Esto es importante, teniendo en cuenta que la tradición nos ha hecho creer en una identidad fija, rígida, religiosa, folclórica, futbolera, y que en momentos de crisis, sólo se trata de rescatar los valores de la concordia social que han sido establecidos desde tiempos remotos. El sólo hecho de afirmar y suponer que hay una identidad y una serie de valores implica la creencia de que no hay forma alguna de criticar al sistema, que no hay opciones y que los procesos se controlan gracias al poder.
La fundación del Frente Nacional de Resistencia Popular ha sido determinante para minar viejas formas de pensamiento tradicional, autoritario, oficial, que aseguraban que quien no se adhiera a la identidad nacional debe ser expulsado del sistema, porque disiente y piensa por cuenta propia. Es el sistema que cancela la diferencia, que solo acepta el pensamiento único, y a los no integrados son vistos como renegados y desechables. Ese sistema contiene actores que destacan por su fanatismo en la defensa de la vida humana y por un fundamentalismo utilizado como recurso de relaciones públicas para encubrir personalidades demenciales que clasifican eventos y personas en grupos opuestos, blanco y negro, cristianos y ateos, menospreciando las diferencias sociales y al desarrollo de las comunidades. Esa es una de las herencias del golpe de estado que sacó a flote a organizaciones fundamentalistas como Opus Dei y fascistas como UCD.
Este primer aniversario es la prueba que la prensa golpista no puede obviar, esa prensa que enaltece lo banal y oculta conscientemente los hechos que no deben ser noticias porque son inconvenientes y poco elegantes para la oligarquía. Ha sido notorio que frente o atrás de las instalaciones físicas de los medios que facilitaron el golpe de estado, El Heraldo, La Tribuna, Televicentro, Emisoras Unidas, Audio Video, Radio Cadena de Noticias, pasaban las marchas de la Resistencia, se les reprimía y atropellaba, y eso no era un hecho noticioso, escondían y silenciaban las arbitrariedades contra el pueblo. De todos modos, decían, sólo eran cuatro vagos enmascarados, tan insignificantes que no debían ser mencionados por ningún motivo.
Toda esa conjura promovida por los empresarios de la comunicación y con la entusiasta complicidad de sus periodistas, que ocultaba los atropellos y la violación a los derechos individuales y colectivos, que justificaba el golpe de estado y lo disfrazaba con la ficción de la sucesión presidencial, por omisión participó en una serie de “pequeños” actos de corrupción como ser: el robo de 62 mil mochilas y sus respectivos equipamientos para los niños de las escuelas públicas, el ministro de educación se llamaba Santos Elio Sosa; el saqueo de 1,400 millones de lempiras de la ENEE, en tiempos del golpe de estado dirigidas por Jacobo Dacosta, fueron reportadas como ganancia de la empresa y que el actual gerente, Roberto Martínez Lozano, informó que sólo se encontraron 50 millones; 3 millones robados del presupuesto del INAM, dirigido por la distinguida dama María Martha Díaz; 60 millones que los golpistas dicen que encontraron en la casa presidencial el mismo día del golpe de estado; pérdidas para el estado por alrededor de 35 millones de dólares por la concesión de la represa de Nacaome; se esfumaron cerca de 23 millones de lempiras en la excavación de pozos por una supuesta falta de agua en la capital; compras de emergencia de granadas lacrimógenas, tanquetas, asesoramiento policial y militar para reprimir al pueblo en resistencia, por montos no conocidos y siendo ministros de seguridad y defensa los honorables caballeros Jorge Rodas Gamero y Adolfo Sevilla; 30 mil computadoras para uso escolar de las que se ignora su destino; el pago de medidas de seguridad de por vida para más de 120 funcionarios golpistas y toda la parentela incluida. Esa es apenas una muestra muy reducida de pequeños actos que forman parte de la gigantesca y sanguinaria corrupción que es el golpe de estado del 28 de junio, bendecida y santificada por la distinguida jerarquía religiosa encabezada por cardenales y pastores, caballeros de gran prestigio social.
Aquí estoy utilizando el recurso de Groucho Marx que, puesto frente a un auditorio, les dice: perdonen que les diga damas o caballeros distinguidos, pero es que no los conozco. Del mismo modo, otros individuos, como los mencionados por Groucho, se quitaron la máscara y se escandalizaron por la quema de un edificio de comidas chatarra o por las expresiones erróneas de de David Romero al hablar del antijudaismo en vez del antisionismo. Era Hugo Llorens, representante del imperio gringo, indignado y presto a llorar, a quien no le inquietan 200 mil civiles muertos por bombardeos atómicos en Japón durante la segunda guerra mundial, ni que se lancen bombas “inteligentes” en Gaza que sólo afectan a poblados civiles y a personas desarmadas y se declaran incapaces de revertir el golpe de estado del 28 de junio. Pero era más grave la actitud verbal del periodista que estaba siendo reprimido en su centro de trabajo. Como tampoco le provoca molestia alguna el obsceno y criminal bloqueo contra Cuba que ha hecho más lento el desarrollo de esa ejemplar isla. Otro de los caballeros en cuestión, uno de los cómplices más íntimos del cardemal, dedicado a coleccionar serpientes vivas y plumas estilográficas, Juan José Pineda, se embarró hasta el cuello en la basura golpista y al igual que su rival en la jerarquía católica, Darwin Andino, públicamente expresaron que no comprendían las razones que tenía la Resistencia para rechazar el golpe de estado, cuando apenas eran cuatro o seis muertos; la iglesia “experta en humanidad” a través de esos individuos, daba a conocer cuál es el verdadero valor que le da a la vida humana, que acepta que en ciertas situaciones puede irrespetarse y, sin pudor alguno, corrían alegremente a prestarles el púlpito, a recibir obsequios y palmaditas de los golpistas más visibles: Ricardo Álvarez, Romeo Vásquez y Roberto Micheletti. Temibles Caballeros de la misma estirpe despreciada por Groucho.
Todos esos momentos y esos individuos ayudaron a poner en duda los viejos modelos de valores trasmitidos y aceptados sin crítica alguna gracias a la capacidad deformante del sistema educativo. Pero también sirvieron para demostrar que los valores morales se forjan en la calle y que no dependen de las elites económicas o religiosas, que otros valores como los del trabajo y los estéticos estaban emergiendo con gran fuerza a pesar del poder de esta sociedad interesada en reducir costos, en maximizar ganancias y totalmente alejada de la formación humanista de hombres y mujeres. Esa capacidad popular de modificar, alterar y crear nuevos valores tuvo como detonante el papel desempeñado por la Resistencia Nacional.
Es importante señalar que en nuestra sociedad, en donde existen clases y grupos sociales bien diferenciados, el más violento está formado por la mara golpista, una fusión empresarial-política-religiosa-militar, dotada de una serie de signos externos de mucho precio pero no necesariamente valiosos, como el vestir elegante, lenguaje vulgar, bravucones, racionalmente limitados, que han convertido los centros comerciales con sus supermercados y sus restaurantes de comida chatarra, en sus centros de cultura y en espacios de formación de valores; por mucho tiempo ignorando la existencia del barrio marginado y viendo con recelo a los pobres que piden algo en la esquina del boulevard, y dispuestos a participar en actividades de beneficencia o en el show de la teletón. En la foto se muestran decorosamente compasivos pero sin soltar el garrote y con la crueldad prudentemente guardada. De esa misma mara 28 forman parte políticos golpistas, fanáticos religiosos, portadores de leyes eternas y de fusiles para aplastar a los que cuestionan su concepción del orden social. Son los mismos que se inclinan presurosos frente al imperio y se disponen a entregar recursos naturales y firmar convenios de seguridad en nombre de una supuesta defensa de la democracia. Todos ellos, empresarios, políticos, religiosos y militares golpistas, tan impenetrables respecto a las ideas diferentes e intransigentes frente al argumento bien fundado, son responsables de asesinatos, del despilfarro de recursos naturales, de la entrega a los intereses norteamericanos y de la corrupción como procedimiento normal en todo el sistema judicial.
A pesar del sufrimiento provocado en muchas familias por los asesinatos perpetrados por los golpistas y de las duras condiciones de vida en que sobreviven muchas hondureñas y hondureños a raíz del 28 de junio, esas lágrimas derramadas, tanto dolor infringido y esa rabia provocada, exponen claramente una de las potenciales tareas del movimiento social: la reorganización, depuración y posible abolición de los cuerpos de seguridad del estado, y, sobre todo, ha sido uno de los puntales en la formación del movimiento social más importante desde la huelga de 1954, el Frente Nacional de Resistencia Popular. Aquí es donde se encarna el futuro y la utopía que nos puede enseñar a transitar en pos de una sociedad justa, democrática y que nos aleje del capitalismo neoliberal.
27 de junio de 2010
Muchas nociones y categorías presentes en nuestro pensamiento se modificaron radicalmente y han asomado símbolos diferentes en la identidad, otros significados de la libertad y la solidaridad, importantes grupos sociales que intentan alejarse de las formas patriarcales de dominio y de la marginalidad producida por el sistema social se tornaron visibles. Se puede hablar de otros elementos en la conciencia que toma en cuenta el agua, la tierra, el afecto, la cordialidad y la necesidad de cambiar los perjuicios provocados a la cultura y a los que formamos parte de esta sociedad llamada Honduras; nuevos elementos de la conciencia humana que procuran ser parte de la lucha por frenar los daños a nuestra existencia individual y colectiva, hasta llegar a modificar los procesos sociales y la necesidad de desmantelar la capacidad destructiva del sistema vigente. Esos momentos novedosos muestran también la complejidad de sujetos sociales de modo que se ha puesto en duda la existencia del sujeto único y de jerarquías que nos han hablado de lo superior y lo inferior, del sujeto masculino y a la mujer como objeto de análisis desde una perspectiva parcial, patriarcal, que nos forjaron ideas de una mujer dependiente y con estrictos deberes sexuales referidos a la maternidad. Es probable que esos papeles estén siendo cuestionados, al menos medianamente discutidos en el seno de la lucha popular. Esto es importante, teniendo en cuenta que la tradición nos ha hecho creer en una identidad fija, rígida, religiosa, folclórica, futbolera, y que en momentos de crisis, sólo se trata de rescatar los valores de la concordia social que han sido establecidos desde tiempos remotos. El sólo hecho de afirmar y suponer que hay una identidad y una serie de valores implica la creencia de que no hay forma alguna de criticar al sistema, que no hay opciones y que los procesos se controlan gracias al poder.
La fundación del Frente Nacional de Resistencia Popular ha sido determinante para minar viejas formas de pensamiento tradicional, autoritario, oficial, que aseguraban que quien no se adhiera a la identidad nacional debe ser expulsado del sistema, porque disiente y piensa por cuenta propia. Es el sistema que cancela la diferencia, que solo acepta el pensamiento único, y a los no integrados son vistos como renegados y desechables. Ese sistema contiene actores que destacan por su fanatismo en la defensa de la vida humana y por un fundamentalismo utilizado como recurso de relaciones públicas para encubrir personalidades demenciales que clasifican eventos y personas en grupos opuestos, blanco y negro, cristianos y ateos, menospreciando las diferencias sociales y al desarrollo de las comunidades. Esa es una de las herencias del golpe de estado que sacó a flote a organizaciones fundamentalistas como Opus Dei y fascistas como UCD.
Este primer aniversario es la prueba que la prensa golpista no puede obviar, esa prensa que enaltece lo banal y oculta conscientemente los hechos que no deben ser noticias porque son inconvenientes y poco elegantes para la oligarquía. Ha sido notorio que frente o atrás de las instalaciones físicas de los medios que facilitaron el golpe de estado, El Heraldo, La Tribuna, Televicentro, Emisoras Unidas, Audio Video, Radio Cadena de Noticias, pasaban las marchas de la Resistencia, se les reprimía y atropellaba, y eso no era un hecho noticioso, escondían y silenciaban las arbitrariedades contra el pueblo. De todos modos, decían, sólo eran cuatro vagos enmascarados, tan insignificantes que no debían ser mencionados por ningún motivo.
Toda esa conjura promovida por los empresarios de la comunicación y con la entusiasta complicidad de sus periodistas, que ocultaba los atropellos y la violación a los derechos individuales y colectivos, que justificaba el golpe de estado y lo disfrazaba con la ficción de la sucesión presidencial, por omisión participó en una serie de “pequeños” actos de corrupción como ser: el robo de 62 mil mochilas y sus respectivos equipamientos para los niños de las escuelas públicas, el ministro de educación se llamaba Santos Elio Sosa; el saqueo de 1,400 millones de lempiras de la ENEE, en tiempos del golpe de estado dirigidas por Jacobo Dacosta, fueron reportadas como ganancia de la empresa y que el actual gerente, Roberto Martínez Lozano, informó que sólo se encontraron 50 millones; 3 millones robados del presupuesto del INAM, dirigido por la distinguida dama María Martha Díaz; 60 millones que los golpistas dicen que encontraron en la casa presidencial el mismo día del golpe de estado; pérdidas para el estado por alrededor de 35 millones de dólares por la concesión de la represa de Nacaome; se esfumaron cerca de 23 millones de lempiras en la excavación de pozos por una supuesta falta de agua en la capital; compras de emergencia de granadas lacrimógenas, tanquetas, asesoramiento policial y militar para reprimir al pueblo en resistencia, por montos no conocidos y siendo ministros de seguridad y defensa los honorables caballeros Jorge Rodas Gamero y Adolfo Sevilla; 30 mil computadoras para uso escolar de las que se ignora su destino; el pago de medidas de seguridad de por vida para más de 120 funcionarios golpistas y toda la parentela incluida. Esa es apenas una muestra muy reducida de pequeños actos que forman parte de la gigantesca y sanguinaria corrupción que es el golpe de estado del 28 de junio, bendecida y santificada por la distinguida jerarquía religiosa encabezada por cardenales y pastores, caballeros de gran prestigio social.
Aquí estoy utilizando el recurso de Groucho Marx que, puesto frente a un auditorio, les dice: perdonen que les diga damas o caballeros distinguidos, pero es que no los conozco. Del mismo modo, otros individuos, como los mencionados por Groucho, se quitaron la máscara y se escandalizaron por la quema de un edificio de comidas chatarra o por las expresiones erróneas de de David Romero al hablar del antijudaismo en vez del antisionismo. Era Hugo Llorens, representante del imperio gringo, indignado y presto a llorar, a quien no le inquietan 200 mil civiles muertos por bombardeos atómicos en Japón durante la segunda guerra mundial, ni que se lancen bombas “inteligentes” en Gaza que sólo afectan a poblados civiles y a personas desarmadas y se declaran incapaces de revertir el golpe de estado del 28 de junio. Pero era más grave la actitud verbal del periodista que estaba siendo reprimido en su centro de trabajo. Como tampoco le provoca molestia alguna el obsceno y criminal bloqueo contra Cuba que ha hecho más lento el desarrollo de esa ejemplar isla. Otro de los caballeros en cuestión, uno de los cómplices más íntimos del cardemal, dedicado a coleccionar serpientes vivas y plumas estilográficas, Juan José Pineda, se embarró hasta el cuello en la basura golpista y al igual que su rival en la jerarquía católica, Darwin Andino, públicamente expresaron que no comprendían las razones que tenía la Resistencia para rechazar el golpe de estado, cuando apenas eran cuatro o seis muertos; la iglesia “experta en humanidad” a través de esos individuos, daba a conocer cuál es el verdadero valor que le da a la vida humana, que acepta que en ciertas situaciones puede irrespetarse y, sin pudor alguno, corrían alegremente a prestarles el púlpito, a recibir obsequios y palmaditas de los golpistas más visibles: Ricardo Álvarez, Romeo Vásquez y Roberto Micheletti. Temibles Caballeros de la misma estirpe despreciada por Groucho.
Todos esos momentos y esos individuos ayudaron a poner en duda los viejos modelos de valores trasmitidos y aceptados sin crítica alguna gracias a la capacidad deformante del sistema educativo. Pero también sirvieron para demostrar que los valores morales se forjan en la calle y que no dependen de las elites económicas o religiosas, que otros valores como los del trabajo y los estéticos estaban emergiendo con gran fuerza a pesar del poder de esta sociedad interesada en reducir costos, en maximizar ganancias y totalmente alejada de la formación humanista de hombres y mujeres. Esa capacidad popular de modificar, alterar y crear nuevos valores tuvo como detonante el papel desempeñado por la Resistencia Nacional.
Es importante señalar que en nuestra sociedad, en donde existen clases y grupos sociales bien diferenciados, el más violento está formado por la mara golpista, una fusión empresarial-política-religiosa-militar, dotada de una serie de signos externos de mucho precio pero no necesariamente valiosos, como el vestir elegante, lenguaje vulgar, bravucones, racionalmente limitados, que han convertido los centros comerciales con sus supermercados y sus restaurantes de comida chatarra, en sus centros de cultura y en espacios de formación de valores; por mucho tiempo ignorando la existencia del barrio marginado y viendo con recelo a los pobres que piden algo en la esquina del boulevard, y dispuestos a participar en actividades de beneficencia o en el show de la teletón. En la foto se muestran decorosamente compasivos pero sin soltar el garrote y con la crueldad prudentemente guardada. De esa misma mara 28 forman parte políticos golpistas, fanáticos religiosos, portadores de leyes eternas y de fusiles para aplastar a los que cuestionan su concepción del orden social. Son los mismos que se inclinan presurosos frente al imperio y se disponen a entregar recursos naturales y firmar convenios de seguridad en nombre de una supuesta defensa de la democracia. Todos ellos, empresarios, políticos, religiosos y militares golpistas, tan impenetrables respecto a las ideas diferentes e intransigentes frente al argumento bien fundado, son responsables de asesinatos, del despilfarro de recursos naturales, de la entrega a los intereses norteamericanos y de la corrupción como procedimiento normal en todo el sistema judicial.
A pesar del sufrimiento provocado en muchas familias por los asesinatos perpetrados por los golpistas y de las duras condiciones de vida en que sobreviven muchas hondureñas y hondureños a raíz del 28 de junio, esas lágrimas derramadas, tanto dolor infringido y esa rabia provocada, exponen claramente una de las potenciales tareas del movimiento social: la reorganización, depuración y posible abolición de los cuerpos de seguridad del estado, y, sobre todo, ha sido uno de los puntales en la formación del movimiento social más importante desde la huelga de 1954, el Frente Nacional de Resistencia Popular. Aquí es donde se encarna el futuro y la utopía que nos puede enseñar a transitar en pos de una sociedad justa, democrática y que nos aleje del capitalismo neoliberal.
27 de junio de 2010
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Llamamiento Internacional
Llamamiento Internacional
A una semana del Primer Aniversario de la Resistencia, sumémonos al Camino de la Refundación de Honduras
El Frente Nacional de Resistencia Popular (FNRP) representa los intereses de todo un pueblo que se mantiene en lucha contra el actual régimen represivo disfrazado de democracia. La Resistencia crece diariamente y se extiende por todo el territorio nacional coordinando las distintas agendas políticas y sociales en un solo proyecto unitario con el que se ha empezado a construir los pilares sobre los cuales se construirá una nueva sociedad en Honduras.
Luego del Golpe de Estado del 28 de junio del 2009 se vino abajo el ya debilitado Estado de Derecho y el pequeño grupo empresarial que secuestro al legitimo presidente de las y los hondureños se ha mantenido en el poder a base de la violencia de las fuerzas represivas (Policía Nacional y Fuerzas Armadas de Honduras) asesinando, golpeando, apresando, violando y obligando al exilio a centenares de hondureños y hondureñas. Los “golpistas” que sacaron a Manuel Zelaya Rosales son los mismos que ahora presentan a Porfirio Lobo como un títere para seguir consolidando su régimen de violencia.
Lo que los criminales no se esperaban era la enorme valentía del pueblo hondureño que ahora ha decidido luchar hasta el final. La Resistencia se basa en la construcción del Poder Popular desde la base y en la participación directa de todos los sectores en la construcción de una propuesta política que de respuestas a la grave crisis que se vive en el país.
Vamos por la Constituyente para crear el marco legal que nos permita como pueblo organizado retomar el destino de nuestra patria y arrebatarla de las manos mezquinas del pequeño grupo que mantiene secuestrado el gobierno.
Los pueblos del mundo han seguido de cerca el surgimiento de la resistencia y su consolidación. Ahora estamos en el marco de una nueva demostración de fuerza con la presentación de más de un millón de Declaraciones Soberanas en las que como ciudadanas y ciudadanos desconocemos este gobierno ilegal e ilegitimo e invitamos a la población a convocar a una nueva Asamblea Nacional Constituyente.
Este 28 de junio cumplimos nuestro primer aniversario como Frente Nacional de Resistencia Popular (FNRP), pero no lo hacemos recordando el asalto a la democracia de parte de los golpistas, si no al contrario celebraremos el nacimiento de la verdadera democracia popular que ha iniciado su camino hacia la refundación del Estado y la construcción de un futuro justo para todos y todas por igual.
La Resistencia Hondureña invita a todos los pueblos del mundo a ser parte de este proyecto refundador y revolucionario, a seguirlo de cerca y a sumarse en lo que será la celebración del primer año de este caminar hacia la victoria
Les invitamos a visitar nuestra página oficial: www.resistenciahonduras.net para conocer de cerca las distintas actividades que se llevaran a cabo y para que descarguen los diferentes documentos oficiales e informativos para convocar ustedes mismos para esta fecha de resistencia que no solo es nuestra si no de todos los pueblos del mundo en lucha.
El Frente Nacional de Resistencia invita a todas las personas, organizaciones o grupos de compañeros y compañeras que han estado en solidaridad con el pueblo de Honduras a acompañarnos con actividades políticas de presión contra el régimen.
Este 28 de junio ninguna voz quedara sin ser escuchada y todo plantón, marcha, comunicado, foro o reunión en apoyo a los hondureños y hondureñas que saldremos masivamente a las calles sumara a la fuerza que hoy construye en nuestro territorio el verdadero Poder Popular.
Agradecemos de antemano todas las acciones que se llevaran a cabo y les presentamos nuestros contactos para estrechar relaciones y permitir a todo el pueblo hondureño saber que no estamos solos ni solas, que todo el mundo lucha con Honduras en esta trinchera de justicia y dignidad.
Un abrazo solidario en Resistencia Compañeras y Compañeros internacionalistas.
Luego del Golpe de Estado del 28 de junio del 2009 se vino abajo el ya debilitado Estado de Derecho y el pequeño grupo empresarial que secuestro al legitimo presidente de las y los hondureños se ha mantenido en el poder a base de la violencia de las fuerzas represivas (Policía Nacional y Fuerzas Armadas de Honduras) asesinando, golpeando, apresando, violando y obligando al exilio a centenares de hondureños y hondureñas. Los “golpistas” que sacaron a Manuel Zelaya Rosales son los mismos que ahora presentan a Porfirio Lobo como un títere para seguir consolidando su régimen de violencia.
Lo que los criminales no se esperaban era la enorme valentía del pueblo hondureño que ahora ha decidido luchar hasta el final. La Resistencia se basa en la construcción del Poder Popular desde la base y en la participación directa de todos los sectores en la construcción de una propuesta política que de respuestas a la grave crisis que se vive en el país.
Vamos por la Constituyente para crear el marco legal que nos permita como pueblo organizado retomar el destino de nuestra patria y arrebatarla de las manos mezquinas del pequeño grupo que mantiene secuestrado el gobierno.
Los pueblos del mundo han seguido de cerca el surgimiento de la resistencia y su consolidación. Ahora estamos en el marco de una nueva demostración de fuerza con la presentación de más de un millón de Declaraciones Soberanas en las que como ciudadanas y ciudadanos desconocemos este gobierno ilegal e ilegitimo e invitamos a la población a convocar a una nueva Asamblea Nacional Constituyente.
Este 28 de junio cumplimos nuestro primer aniversario como Frente Nacional de Resistencia Popular (FNRP), pero no lo hacemos recordando el asalto a la democracia de parte de los golpistas, si no al contrario celebraremos el nacimiento de la verdadera democracia popular que ha iniciado su camino hacia la refundación del Estado y la construcción de un futuro justo para todos y todas por igual.
La Resistencia Hondureña invita a todos los pueblos del mundo a ser parte de este proyecto refundador y revolucionario, a seguirlo de cerca y a sumarse en lo que será la celebración del primer año de este caminar hacia la victoria
Les invitamos a visitar nuestra página oficial: www.resistenciahonduras.net para conocer de cerca las distintas actividades que se llevaran a cabo y para que descarguen los diferentes documentos oficiales e informativos para convocar ustedes mismos para esta fecha de resistencia que no solo es nuestra si no de todos los pueblos del mundo en lucha.
El Frente Nacional de Resistencia invita a todas las personas, organizaciones o grupos de compañeros y compañeras que han estado en solidaridad con el pueblo de Honduras a acompañarnos con actividades políticas de presión contra el régimen.
Este 28 de junio ninguna voz quedara sin ser escuchada y todo plantón, marcha, comunicado, foro o reunión en apoyo a los hondureños y hondureñas que saldremos masivamente a las calles sumara a la fuerza que hoy construye en nuestro territorio el verdadero Poder Popular.
Agradecemos de antemano todas las acciones que se llevaran a cabo y les presentamos nuestros contactos para estrechar relaciones y permitir a todo el pueblo hondureño saber que no estamos solos ni solas, que todo el mundo lucha con Honduras en esta trinchera de justicia y dignidad.
Un abrazo solidario en Resistencia Compañeras y Compañeros internacionalistas.
Comisión Internacional (CI) – Frente Nacional de Resistencia Popular (ci_coordinacion@resistenciahonduras.net).
Honduras, Centro América
Contactos:
Betty Matamoros, Coordinadora CI.
bmflores2009@yahoo.com
Dirian Pereira
dirianbeatrizpereira@yahoo.com
Gerardo Torres
unita1984@hotmail.com
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Porque las mujeres
tenemos la memoria viva…
a un año del golpe de Estado
tenemos la memoria viva…
a un año del golpe de Estado
¿Qué hay más arriba del cielo?
¿Cómo me hicieron?
¿Por qué hay gente pobre?
¿De qué murió la virgen María?.
¡Niña, deje ya la preguntadera y póngase a trabajar!
¿Cómo me hicieron?
¿Por qué hay gente pobre?
¿De qué murió la virgen María?.
¡Niña, deje ya la preguntadera y póngase a trabajar!
Por Jessica Isla
La memoria es como un pájaro pequeño que habita nuestra mente. Sabemos que está allí porque recordamos, como nos enseñaban nuestras madres, a recordar el nombre de las abuelas, de las tías, de los lugares, de la forma de no perdernos y encontrar el camino, de vuelta a casa, a un lugar seguro. La memoria es lo que somos. Nuestra historia.
De la justicia sabemos que hemos pasado toda una vida, buscándola. Que desde pequeñas, no hay quien, de una u otra manera, no haya preguntado: Mamá ¿Qué significa ser pobre? o ¿porqué yo no puedo hacer lo que hacen los varones?, ¿Por qué hay mendigos en la calle? ¿Por qué tengo que trabajar en vez de ir a jugar? Y la respuesta a veces no formulada o bien expresada: “Porque las cosas son así”. Y como esta respuesta, junto a muchas otras parecidas, no nos dejaba conformes, fuimos recogiendo nuestras preguntas y guardándolas al lado de nuestro pájaro de la memoria en un rincón de nuestras vidas, para cuando llegara su tiempo. Este pájaro de la memoria se estiró un día para buscar el sol y la avalancha de preguntas le cayó encima, entonces salió de su rincón escondidito y se liberó arrastrando por las calles la cadena de nuestras preguntas insatisfechas. Ese día fue el 28 de junio de 2009, día del Golpe de Estado. Cientos de mujeres cubrimos las calles, los barrios, los puentes con nuestros cuerpos y nuestras voces. Miles de pájaros de la memoria cruzaron los cielos y las calles. Graznaron una y otra vez, en busca de respuestas y luego cantaron, hermosos, gigantes, tapando el sol con sus alas de colores. Porque fuimos y somos mujeres de colores.
Nos castigaron por haberlos dejado escapar: las fuerzas policiales, el gobierno de facto y las fuerzas militares pasaron encima de ellos y nos golpearon, encarcelaron, violaron, nos prohibieron tomar decisiones sobre nuestros cuerpos. Amenazaron con matarnos. Lo hicieron, lo siguen haciendo. Pero estas curiosas aves de la memoria de cuerpos y alas diferentes ya no pueden volver al lugar donde los tenían. Ya no tienen miedo y se niegan a regresar. Solo nos observan desde los tendederos, desde las flores, desde los árboles, porque saben que exigimos justicia y que no vamos a olvidar. Somos ellos y ellos nosotras. Somos la memoria andante de un pueblo, que despierta y que grita ¡justicia! por su boca, por sus manos, entre sus dedos.
Entre nosotras viven Wendy, Olga, Vanessa, Claudia, Isis, Manuel, Georgino, Roger, Magdiel. Entre nosotras viven muchas. Entre nosotras viven muchos. Todas somos memoria, constructora de respuestas. Somos la fuerza de nuestras ancestras y la vida de nuestras descendientes. Todas somos Honduras. Todas tenemos nuestro propio pájaro de la memoria, que no olvida, que cuestiona a los poderosos, a los dictadores, a los políticos corruptos, a los asesinos de nuestra gente y que ahora se ha elevado a ras del suelo pero de frente al sol, poderoso y brillante, hermoso y despierto y a través de sus ojos… nosotras.
De la justicia sabemos que hemos pasado toda una vida, buscándola. Que desde pequeñas, no hay quien, de una u otra manera, no haya preguntado: Mamá ¿Qué significa ser pobre? o ¿porqué yo no puedo hacer lo que hacen los varones?, ¿Por qué hay mendigos en la calle? ¿Por qué tengo que trabajar en vez de ir a jugar? Y la respuesta a veces no formulada o bien expresada: “Porque las cosas son así”. Y como esta respuesta, junto a muchas otras parecidas, no nos dejaba conformes, fuimos recogiendo nuestras preguntas y guardándolas al lado de nuestro pájaro de la memoria en un rincón de nuestras vidas, para cuando llegara su tiempo. Este pájaro de la memoria se estiró un día para buscar el sol y la avalancha de preguntas le cayó encima, entonces salió de su rincón escondidito y se liberó arrastrando por las calles la cadena de nuestras preguntas insatisfechas. Ese día fue el 28 de junio de 2009, día del Golpe de Estado. Cientos de mujeres cubrimos las calles, los barrios, los puentes con nuestros cuerpos y nuestras voces. Miles de pájaros de la memoria cruzaron los cielos y las calles. Graznaron una y otra vez, en busca de respuestas y luego cantaron, hermosos, gigantes, tapando el sol con sus alas de colores. Porque fuimos y somos mujeres de colores.
Nos castigaron por haberlos dejado escapar: las fuerzas policiales, el gobierno de facto y las fuerzas militares pasaron encima de ellos y nos golpearon, encarcelaron, violaron, nos prohibieron tomar decisiones sobre nuestros cuerpos. Amenazaron con matarnos. Lo hicieron, lo siguen haciendo. Pero estas curiosas aves de la memoria de cuerpos y alas diferentes ya no pueden volver al lugar donde los tenían. Ya no tienen miedo y se niegan a regresar. Solo nos observan desde los tendederos, desde las flores, desde los árboles, porque saben que exigimos justicia y que no vamos a olvidar. Somos ellos y ellos nosotras. Somos la memoria andante de un pueblo, que despierta y que grita ¡justicia! por su boca, por sus manos, entre sus dedos.
Entre nosotras viven Wendy, Olga, Vanessa, Claudia, Isis, Manuel, Georgino, Roger, Magdiel. Entre nosotras viven muchas. Entre nosotras viven muchos. Todas somos memoria, constructora de respuestas. Somos la fuerza de nuestras ancestras y la vida de nuestras descendientes. Todas somos Honduras. Todas tenemos nuestro propio pájaro de la memoria, que no olvida, que cuestiona a los poderosos, a los dictadores, a los políticos corruptos, a los asesinos de nuestra gente y que ahora se ha elevado a ras del suelo pero de frente al sol, poderoso y brillante, hermoso y despierto y a través de sus ojos… nosotras.
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¡¡SEGUIMOS EN LUCHA!!
LAS FEMINISTAS EN RESISTENCIA-HONDURAS
LAS FEMINISTAS EN RESISTENCIA-HONDURAS
A mis hermanas feministas de Honduras y de América Latina, por su lucha incansable.
A Javi, sol de mis ojos.
A Javi, sol de mis ojos.
Un golpe que nos hace nacer:
las feministas en Resistencia
las feministas en Resistencia
Recuerdo como si fuera ayer el día del golpe de estado. Yo estaba en mi casa, y un sonido extraño, como de cuchillos rasgando el cielo me despertó. Yo nací en época de dictaduras y golpes de estado (en 1975), pero no recuerdo las historias que me cuentan sobre los días en que el país amanecía militarizado, y se anunciaba en cadenas de televisión y radio que los militares tomaban (nuevamente) el poder. A pesar de eso, sentí un miedo enorme y sordo cuando vi aviones de guerra que surcaban el cielo. Sin duda, hay una memoria histórica, colectiva, subterránea, que va mas allá de lo que hemos vivido.
Inmediatamente, prendí la televisión para ver noticias, para saber qué es lo que estaba pasando. Vi imágenes que no podía creer… la casa presidencial tomada por el ejército, la noticia de que habían secuestrado a Mel Zelaya y lo habían llevado a Costa Rica, y que Micheltti, el entonces presidente del Congreso Nacional, había asumido la presidencia. Quince minutos después cortaron la luz y fue imposible tener más noticias. Sin saber qué hacer, llamé a mis compañeras feministas, preguntándoles: ¿Qué hacemos?
Mel Zelaya no era para mí, como para muchas de nosotras, “santo de mi devoción”. Los periódicos de mayor circulación en el país se habían encargado de “informarnos” sobre la corrupción y el desorden político de su gobierno, sobre sus supuestos nexos con el narcotráfico; pero habían manipulado maliciosamente todas las noticias sobre las ventajas que trajo para Honduras la adhesión al ALBA en el 2008, que permitió la entrada de recursos financieros al país a través de préstamos y donaciones y una rebaja sustancial al precio de los combustibles; el aumento del 60% del salario mínimo, que hasta entonces, era uno de los bajos de Centroamérica[1]; y otras acciones que realizó a favor de las grandes mayorías empobrecidas del país, pero lo pusieron en contra de los grandes dinosaurios, de los ricos del país. Es en este momento cuando el proyecto de la Cuarta Urna es presentado formalmente por Mel Zelaya.
Algunas organizaciones del movimiento feminista y de mujeres decidieron apoyar esta propuesta. Aunque en un principio había mucho recelo a la Cuarta Urna, Mel logró cada vez más apoyo de los movimientos sociales, que vieron en este proyecto una oportunidad histórica para el reconocimiento de sus demandas. En eso estábamos, cuando en abril del 2009 grupos fundamentalistas religiosos logran que el Congreso Nacional aprobara una ley para prohibir el uso y distribución de las Pastillas Anticonceptivas de Emergencia o PAE, legales en el país desde 1992. En ese momento, las feministas hicimos un pacto político con Mel Zelaya, y logramos que el 19 de mayo de ese año, Zelaya vetara este proyecto de ley. El segundo día después del golpe de estado, se aprobó una ley para prohibir el uso y distribución de las Pastillas Anticonceptivas de Emergencia o PAE.
Pero más allá de todo esto, el peligro inminente que representaba la presencia militar en las calles y en la casa presidencial, y el darnos cuenta que estábamos regresando a la época de los golpes de estado, nos hizo que desde el 28 de junio, las feministas nos fuéramos desde tempranas horas de la mañana a la casa presidencial. Allí nos encontramos todas, con nuestros rostros expresando sorpresa e indignación. Recuerdo que ese día una de las compañeras llevó un cartel que decía “Feministas en Resistencia contra el golpe”. Esa fue la primera vez que nos nombramos. Allí nacimos, en medio del humo de las llantas quemadas, de las balas que dispararon desde el primer día.
Desde los primeros días del golpe de estado, organizaciones feministas y del movimiento amplio de mujeres nos reunimos para analizar la situación del país y para planificar las acciones a futuro. Por primera vez en mucho tiempo logramos sentarnos a conversar, a discutir viejos temas relegados en nuestra agenda. Casi siempre después de las marchas nos reuníamos, algunas veces llegamos eufóricas, alegres, con la energía y la fuerza que te da estar en las calles; otras veces llegábamos asustadas, oliendo a humo y a bombas lacrimógenas, con el miedo pintado en nuestros rostros. Ese espacio fue un lugar para consolarnos, para abrazarnos, para acompañarnos, pero también fue un lugar de reflexión política y de análisis de la situación del país. Puedo decir que las feministas fuimos quizás de los primeros movimientos sociales que tratamos de reflexionar sobre lo que estaba pasando, que intentamos producir un conocimiento colectivo basado en las experiencias de las demás, y en las opiniones y energía de las más jóvenes. En todo este proceso fuimos acompañadas por compañeras de Centroamérica, de Sudamérica y Norteamérica, que casi desde los primeros días del golpe de estado se unieron a nuestra causa.
En un primer momento, la necesidad urgente e inmediata de luchar contra los militares, de detener la represión y de exigir el regreso al orden constitucional fue lo que nos motivó y nos guió para sumarnos a esta lucha. Pero desde el principio, también entendimos que era el momento para posicionar nuestras demandas, para ampliar los límites de nuestro proyecto feminista. En las calles, se podía ver nuestras mantas de colores pintadas con nuestros sueños, con mariposas, mujeres, flores. Las paredes de Tegucigalpa y de otras ciudades se empezaron a llenar con nuestros grafitis. Nuestras consignas “Ni golpe de estado ni golpe a las mujeres”, “Si hay opresión, habrá revolución”, “Alto al femicidio”, “Ni botas ni sotana contra las lesbianas”, “Saca tu rosario de mis ovarios”, se escuchaban en las marchas, mientras caminamos a la par del pueblo de Honduras exigiendo paz, libertad, igualdad, democracia, justicia.
Es innegable que nuestras propuestas han generado rechazo dentro de la Resistencia. En Honduras, al igual que pasó en muchos países de Latinoamérica, el movimiento feminista surge a mediados de la década de los ochentas de una ruptura dolorosa y radical con la izquierda y con otros movimientos sociales[2]. El feminismo, con su propuesta emancipatoria, trata de cambiar las relaciones de poder entre los géneros, lo que implica –y ésta es causa de la separación del feminismo de otros movimientos sociales-, la pérdida de poder económico y político para los hombres. Los prejuicios y las prácticas machistas y misóginas de los hombres de La Resistencia (sobre todo de los de mayor edad) han estado presentes. Al igual que pasó en la década de los setentas y ochentas, se nos empezó a decir que debíamos dejar “para después” nuestras demandas, y enfocarnos lo que era más importante en ese momento: luchar contra los militares y la dictadura.
Esta ha sido la postura predominante en los movimientos sociales mixtos, pero también en el movimiento amplio de mujeres, que reproducen las prácticas y los discursos de estos movimientos. Se nos ha acusado desde siempre que hemos dejado de lado o hemos abordado de manera tangencial las demandas del movimiento de mujeres, como las relacionadas con los derechos económicos, el derecho a la tierra, trabajo, vivienda, recursos, etc. Sumado a este hecho, las pugnas por el poder, las relaciones verticales y prácticas asistencialistas que hemos establecido como norma entre las feministas y las “demás” mujeres organizadas no nos han permitido construir alianzas y un proyecto político conjunto, fortalecernos unas a otras, aprender entre nosotras.
Esto ha traído como consecuencia que nos hayamos ido alejando del movimiento amplio de mujeres. Es cierto que el feminismo, por el carácter mismo de sus demandas, no pretende ser un movimiento de masas, esto nunca ha sido parte de nuestras preocupaciones. Pero nuestra presencia en las calles, nuestro grito omnipresente por la igualdad y equidad para las mujeres, también ha permeado sus corazones y sus luchas.
Pero nosotras desde el principio dejamos muy claro que nuestras demandas eran innegociables, porque eran impostergables e igual de importantes que las otras. Esta ha sido una de las consecuencias del golpe de estado en nosotras. Hemos radicalizado nuestro discurso y nuestras prácticas, hemos perdido el miedo. Si antes pensábamos que algunas de nuestras propuestas, sobre todo las relacionadas con los derechos sexuales y reproductivos debían ser tratadas y posicionadas con cuidado y cautela, por el rechazo que generan tanto en la sociedad como en el estado, con el golpe esto cambió. Nos dimos cuenta que no podíamos esperar más, que era el momento de luchar por todo por lo que creíamos.
Estamos en un momento clave en la historia de nuestro movimiento feminista. Es el momento de romper las viejas barreras, buscar nuevas formas de comunicación más constructivas e igualitarias, y de ampliar las posibilidades de nuestro proyecto feminista. Sabemos que vamos a encontrar resistencias dentro de La Resistencia, pero es un momento en el que toda Honduras está cambiando, en el que tenemos que aprovechar la coyuntura y las oportunidades que se nos presentan.
Este diálogo debe abrirse también a feministas y movimientos sociales de otros países. Esto nos ha llevado a la necesidad de vernos y analizaros en un contexto más amplio, de historizar nuestra experiencia y trabajo dentro de los cambios globales y de las tendencias políticas más recientes. El golpe de estado nos sacudió, nos hizo repensarnos, redireccionar nuestro trabajo. Nos hizo ver hacia la América completa, hacia lo que estaba sucediendo en otros países.
Otro de nuestros trabajos fundamentales desde el golpe de estado ha sido recabar información sobre las violaciones a los derechos humanos de las personas en el contexto de la represión desatada por el golpe de estado, sobre todo de las mujeres.
Los informes de distintas organizaciones defensoras de Derechos Humanos apuntan que la represión ha tenido como saldo más de 86 personas asesinadas[3], aunque se estima que esta cifra puede ser mucho más alta. Entre 4,000 y 6,000 personas han sido detenidas ilegalmente después de las manifestaciones o durante los toques de queda. Al menos 222 personas de La Resistencia tienen o han tenido juicios políticos, acusadas por delitos como terrorismo, sedición, daños a la propiedad. Miles de personas han sufrido amenazas, hostigamiento y persecución[4]. Muchas juezas y jueces han sido perseguidos y hasta separados de sus cargos por aplicar de forma debida leyes, como el despido en mayo de este año 3 jueces, una magistrada y un defensor público del Poder Judicial. La libertad de expresión también ha sido violentada durante el golpe de estado, mediante la extrema violencia empleada por los cuerpos militares y policiales en las manifestaciones, que ha dejado como saldo miles de personas heridas durante o después de las manifestaciones; el asesinato de periodistas de la oposición; y la interrupción o cierre de los programas radiales de La Resistencia.
En el informe “Violaciones a los Derechos Humanos de las Mujeres después del Golpe de Estado en Honduras”, denunciamos que 7 mujeres de La resistencia han sido asesinadas con visos políticos, y que 20 personas de la comunidad LGTTB han sido asesinadas en el marco de los toques de queda, que eran decretos del gobierno donde se prohibía la libertad de circulación y de manifestación, entre otros derechos[5]. La inseguridad que se ha generado después del golpe de estado también se tradujo en un aumento de los femicidios en el país, ya que en el 2009, se produjeron 212 casos de femicidio, más que los años anteriores[6].
La represión contra las mujeres tiene la característica que va dirigido directamente hacia nuestro cuerpo sexuado, en una clara muestra del desprecio de esta sociedad al cuerpo y a la integridad de las mujeres. También, hemos podido comprobar que a medida que las mujeres hemos ido teniendo más visibilidad en la resistencia y en las manifestaciones, se ha incrementado la violencia policial contra nosotras, como si nos castigaran por ser mujeres y ejercer nuestro derecho a protestar. Sin duda, la violencia desatada contra las mujeres es expresión de odio misógino hacia las mujeres, que en contextos de guerra como el que se está viviendo, hacen del cuerpo de las mujeres un campo de batalla. Al menos 12 mujeres de La Resistencia han sido víctimas de violaciones sexuales cometidas por uno o más agentes de la policía o los cuerpos militares. 2 de cada 10 mujeres denuncian haber recibido agresiones sexuales durante o después de las manifestaciones[7].
Logramos presentar este informe en la Comisión Interamericana de Derechos Humanos, en noviembre del 2009, lo que permitió que se conociera en el ámbito internacional la situación específica de violaciones a los derechos humanos que se están cometiendo en el país contra las mujeres. Además, hemos elaborado y difundido boletines sobre la situación del país y de las mujeres después del golpe; y comunicados y denuncias internacionales.
Las feministas también participamos en instancias de defensa y denuncia de los derechos humanos, como el Frente de Abogados Contra el Golpe de Estado y la Plataforma de Derechos Humanos de Honduras, desde las cuales se han documentado y presentado denuncias ante la Corte Suprema de Justicia y la Fiscalía, aunque estas instituciones han sido cómplices de las violaciones a nuestros derechos y de la impunidad que prevalece en Honduras. Hasta el 25 de noviembre, en coordinación con otras instituciones, hemos presentado 42 denuncias ante la Fiscalía por distintas violaciones a los derechos humanos; 43 recursos de amparo, 26 recursos de habeas corpus, y 10 recursos de inconstitucionalidad. Hasta el momento a estos recursos no se les ha dado el curso legal correspondiente (no son recibidos o no se ha realizado ninguna diligencia investigativa), lo que deja ver la completa indefensión en la que se encuentran las personas que han sufrido violaciones a sus derechos humanos. En contraste, hemos visto como el sistema de justicia actúa con una diligencia inusual para aprobar amnistías, leyes y decretos a los perpetradores del golpe.
Tengo que admitir que para muchas y muchos de nosotros, las palabras “derechos humanos” tienen ahora otro significado. Antes del golpe, de alguna manera identificábamos este concepto con la postura tibia de algunos organismos internacionales; que muchas veces se han limitado a incluirlo en sus discursos, pero en la práctica no hacen esfuerzos concretos frente a los gobiernos para reclamar su respeto y cumplimiento. Pero estos días de tanta obscuridad y zozobra, han sido nuestra herramienta de trabajo, forman parte de un lenguaje común que nos ha ayudado a trascender fronteras, que ha permitido que lo que ha sucedido en Honduras se conozca en todo el mundo.
Desde el golpe, las palabras democracia y ciudadanía tienen otros significados. Si bien la consecución de una ciudadanía plena, activa y reivindicativa para las mujeres ha sido siempre parte de nuestras reivindicaciones, la historia que arrastramos de violencia política, golpes de estado y militarismo (a todo lo largo del siglo XX Honduras vivió 7 golpes de estado y más de 40 años de dictaduras militares), hizo que muchas nos contentáramos con la democracia que teníamos, con tener elecciones más o menos libres cada cuatro años, con haber logrado la aprobación de una ley donde se garantiza un 30% de la participación de las mujeres en los cargos de elección popular. Estábamos consientes de las limitaciones de nuestra democracia y de nuestro sistema político, pero de alguna manera, esa era la medida de nuestras aspiraciones. Pero esto también cambió después del golpe de estado.
Ahora nos queda claro que tenemos una clase política y empresarial, apoyada por las derechas y los grupos de poder de todo el continente, que va a impedir a toda costa que se realicen cambios sociales que transformen las estructuras sociales y de poder que determinan que Honduras siga siendo uno de los países más pobres del continente. Todo lo sucedido nos hizo ver la fragilidad de nuestra democracia, la necesidad de trabajar de forma más activa por un nuevo de sistema político donde los movimientos sociales tengan voz y voto, representación y cuotas de poder.
Aunque dentro de La Resistencia tenemos claridad en cuanto a nuestros objetivos, todavía quedan muchas preguntas pendientes. ¿Cómo vamos a lograr detener los asesinatos y las violaciones a los derechos humanos? ¿Cómo logramos que este movimiento, nacido en la espontaneidad de la lucha se mantenga? ¿Cómo logramos una mayor cohesión y unidad dentro del Frente Nacional de Resistencia Popular, que es el nombre de la plataforma que surgió después del golpe, que aglutina a todos estos movimientos y organizaciones?
Teniendo en cuenta las condiciones actuales es difícil tratar de dar pautas acerca del futuro del país, dado que continúa la represión y el terrorismo de estado. Según uno de los últimos informes publicados en el país, desde que Pepe Lobo asumió el poder se han denunciado 707 casos de violaciones a los derechos humanos, 53 detenciones ilegales, y 23 barrios y colonias considerados como de La Resistencia han sido objetos de cateo por fuerzas de seguridad[8]. 28 personas de la resistencia han sido asesinadas en 4 meses de gobierno[9]. Las y los líderes de La resistencia continúan siendo objeto de amenazas y atentados, por lo que muchas personas han tenido que cambiar de ciudad o de país para salvar sus vidas.
De momento, las estrategias de La Resistencia apuntan a fortalecer este movimiento, y a la realización de una Asamblea Nacional Constituyente, de donde salgan las propuestas de construcción de un nuevo estado y de nuevas formas de participación política y construcción ciudadana más incluyentes y representativas.
En este proceso, las feministas estamos luchando por la reforma de los artículos constitucionales y de los textos de otras leyes y códigos, para que se incluya el principio de igualdad y de equidad entre los géneros como la base ética y política fundamental del estado de derecho. Luchamos por la refundación del estado, por la abolición del ejército, por un estado laico, por la transformación de las estructuras estatales y los poderes públicos, por la refundación del Instituto Nacional de la Mujer, que después de golpe se ha aliado con los sectores más conservadores del país, lo que ha provocado un franco retrocesos a nuestros derechos humanos. Peleamos por nuevas formas de participación política, donde las mujeres tengamos acceso a los puestos públicos, y seamos parte de los procesos políticos de transformación del país. Exigimos que los presupuestos del estado sean articulados desde la perspectiva de género, de manera que todos los programas y proyectos contemplen recursos equitativos para las mujeres.
El reconocimiento y libre ejercicio de los demás derechos sexuales y derechos reproductivos de las mujeres se han convertido, hoy más que nunca, en el centro de nuestras luchas. Proponemos y luchamos por el derecho a la elección libre y voluntaria de la maternidad, a la interrupción legal del embarazo; la diversidad sexual, y la derogación de las leyes que prohíben el uso y distribución de las Pastillas Anticonceptivas de Emergencia. Exigimos al estado la obligatoriedad del estado de impulsar reformas en la currícula educativa y en los planes de estudio de las escuelas, colegios y universidad encaminadas a instituir la educación en derechos humanos de las mujeres, sobre todo, en lo relacionado con el derecho a la vida no violenta y a los derechos sexuales y los derechos reproductivos de las mujeres.
Decimos ¡no más! a la violencia contra las mujeres. Exigimos que en el nuevo estado que queremos, se implementen políticas públicas y programas estatales que tomen medidas contundentes y efectivas para parar los femicidios, para sancionar como se debe la violencia contra las mujeres en todas sus manifestaciones.
Estas son nuestras luchas. Las mujeres somos estrellas luminosas y ardientes cuando olemos opresión, como dice Blanca Guifarro, poetisa hondureña. Las Feministas en Resistencia nacimos el 28 de junio, día del nefasto golpe de estado. Hemos estado día tras día en las calles marchando con todo el pueblo hondureño, que dijo NO MAS a las injusticias cometidas. Sabemos que el camino que nos queda es largo, que nos falta todavía mucho por recorrer y luchar, pero nos guía la convicción de la búsqueda de la justicia, de que podemos construir un mundo diferente, una matria diferente, donde las mujeres tengamos el lugar que nos corresponde.
Inmediatamente, prendí la televisión para ver noticias, para saber qué es lo que estaba pasando. Vi imágenes que no podía creer… la casa presidencial tomada por el ejército, la noticia de que habían secuestrado a Mel Zelaya y lo habían llevado a Costa Rica, y que Micheltti, el entonces presidente del Congreso Nacional, había asumido la presidencia. Quince minutos después cortaron la luz y fue imposible tener más noticias. Sin saber qué hacer, llamé a mis compañeras feministas, preguntándoles: ¿Qué hacemos?
Mel Zelaya no era para mí, como para muchas de nosotras, “santo de mi devoción”. Los periódicos de mayor circulación en el país se habían encargado de “informarnos” sobre la corrupción y el desorden político de su gobierno, sobre sus supuestos nexos con el narcotráfico; pero habían manipulado maliciosamente todas las noticias sobre las ventajas que trajo para Honduras la adhesión al ALBA en el 2008, que permitió la entrada de recursos financieros al país a través de préstamos y donaciones y una rebaja sustancial al precio de los combustibles; el aumento del 60% del salario mínimo, que hasta entonces, era uno de los bajos de Centroamérica[1]; y otras acciones que realizó a favor de las grandes mayorías empobrecidas del país, pero lo pusieron en contra de los grandes dinosaurios, de los ricos del país. Es en este momento cuando el proyecto de la Cuarta Urna es presentado formalmente por Mel Zelaya.
Algunas organizaciones del movimiento feminista y de mujeres decidieron apoyar esta propuesta. Aunque en un principio había mucho recelo a la Cuarta Urna, Mel logró cada vez más apoyo de los movimientos sociales, que vieron en este proyecto una oportunidad histórica para el reconocimiento de sus demandas. En eso estábamos, cuando en abril del 2009 grupos fundamentalistas religiosos logran que el Congreso Nacional aprobara una ley para prohibir el uso y distribución de las Pastillas Anticonceptivas de Emergencia o PAE, legales en el país desde 1992. En ese momento, las feministas hicimos un pacto político con Mel Zelaya, y logramos que el 19 de mayo de ese año, Zelaya vetara este proyecto de ley. El segundo día después del golpe de estado, se aprobó una ley para prohibir el uso y distribución de las Pastillas Anticonceptivas de Emergencia o PAE.
Pero más allá de todo esto, el peligro inminente que representaba la presencia militar en las calles y en la casa presidencial, y el darnos cuenta que estábamos regresando a la época de los golpes de estado, nos hizo que desde el 28 de junio, las feministas nos fuéramos desde tempranas horas de la mañana a la casa presidencial. Allí nos encontramos todas, con nuestros rostros expresando sorpresa e indignación. Recuerdo que ese día una de las compañeras llevó un cartel que decía “Feministas en Resistencia contra el golpe”. Esa fue la primera vez que nos nombramos. Allí nacimos, en medio del humo de las llantas quemadas, de las balas que dispararon desde el primer día.
Desde los primeros días del golpe de estado, organizaciones feministas y del movimiento amplio de mujeres nos reunimos para analizar la situación del país y para planificar las acciones a futuro. Por primera vez en mucho tiempo logramos sentarnos a conversar, a discutir viejos temas relegados en nuestra agenda. Casi siempre después de las marchas nos reuníamos, algunas veces llegamos eufóricas, alegres, con la energía y la fuerza que te da estar en las calles; otras veces llegábamos asustadas, oliendo a humo y a bombas lacrimógenas, con el miedo pintado en nuestros rostros. Ese espacio fue un lugar para consolarnos, para abrazarnos, para acompañarnos, pero también fue un lugar de reflexión política y de análisis de la situación del país. Puedo decir que las feministas fuimos quizás de los primeros movimientos sociales que tratamos de reflexionar sobre lo que estaba pasando, que intentamos producir un conocimiento colectivo basado en las experiencias de las demás, y en las opiniones y energía de las más jóvenes. En todo este proceso fuimos acompañadas por compañeras de Centroamérica, de Sudamérica y Norteamérica, que casi desde los primeros días del golpe de estado se unieron a nuestra causa.
Qué hemos hecho
En un primer momento, la necesidad urgente e inmediata de luchar contra los militares, de detener la represión y de exigir el regreso al orden constitucional fue lo que nos motivó y nos guió para sumarnos a esta lucha. Pero desde el principio, también entendimos que era el momento para posicionar nuestras demandas, para ampliar los límites de nuestro proyecto feminista. En las calles, se podía ver nuestras mantas de colores pintadas con nuestros sueños, con mariposas, mujeres, flores. Las paredes de Tegucigalpa y de otras ciudades se empezaron a llenar con nuestros grafitis. Nuestras consignas “Ni golpe de estado ni golpe a las mujeres”, “Si hay opresión, habrá revolución”, “Alto al femicidio”, “Ni botas ni sotana contra las lesbianas”, “Saca tu rosario de mis ovarios”, se escuchaban en las marchas, mientras caminamos a la par del pueblo de Honduras exigiendo paz, libertad, igualdad, democracia, justicia.
Es innegable que nuestras propuestas han generado rechazo dentro de la Resistencia. En Honduras, al igual que pasó en muchos países de Latinoamérica, el movimiento feminista surge a mediados de la década de los ochentas de una ruptura dolorosa y radical con la izquierda y con otros movimientos sociales[2]. El feminismo, con su propuesta emancipatoria, trata de cambiar las relaciones de poder entre los géneros, lo que implica –y ésta es causa de la separación del feminismo de otros movimientos sociales-, la pérdida de poder económico y político para los hombres. Los prejuicios y las prácticas machistas y misóginas de los hombres de La Resistencia (sobre todo de los de mayor edad) han estado presentes. Al igual que pasó en la década de los setentas y ochentas, se nos empezó a decir que debíamos dejar “para después” nuestras demandas, y enfocarnos lo que era más importante en ese momento: luchar contra los militares y la dictadura.
Esta ha sido la postura predominante en los movimientos sociales mixtos, pero también en el movimiento amplio de mujeres, que reproducen las prácticas y los discursos de estos movimientos. Se nos ha acusado desde siempre que hemos dejado de lado o hemos abordado de manera tangencial las demandas del movimiento de mujeres, como las relacionadas con los derechos económicos, el derecho a la tierra, trabajo, vivienda, recursos, etc. Sumado a este hecho, las pugnas por el poder, las relaciones verticales y prácticas asistencialistas que hemos establecido como norma entre las feministas y las “demás” mujeres organizadas no nos han permitido construir alianzas y un proyecto político conjunto, fortalecernos unas a otras, aprender entre nosotras.
Esto ha traído como consecuencia que nos hayamos ido alejando del movimiento amplio de mujeres. Es cierto que el feminismo, por el carácter mismo de sus demandas, no pretende ser un movimiento de masas, esto nunca ha sido parte de nuestras preocupaciones. Pero nuestra presencia en las calles, nuestro grito omnipresente por la igualdad y equidad para las mujeres, también ha permeado sus corazones y sus luchas.
Pero nosotras desde el principio dejamos muy claro que nuestras demandas eran innegociables, porque eran impostergables e igual de importantes que las otras. Esta ha sido una de las consecuencias del golpe de estado en nosotras. Hemos radicalizado nuestro discurso y nuestras prácticas, hemos perdido el miedo. Si antes pensábamos que algunas de nuestras propuestas, sobre todo las relacionadas con los derechos sexuales y reproductivos debían ser tratadas y posicionadas con cuidado y cautela, por el rechazo que generan tanto en la sociedad como en el estado, con el golpe esto cambió. Nos dimos cuenta que no podíamos esperar más, que era el momento de luchar por todo por lo que creíamos.
Estamos en un momento clave en la historia de nuestro movimiento feminista. Es el momento de romper las viejas barreras, buscar nuevas formas de comunicación más constructivas e igualitarias, y de ampliar las posibilidades de nuestro proyecto feminista. Sabemos que vamos a encontrar resistencias dentro de La Resistencia, pero es un momento en el que toda Honduras está cambiando, en el que tenemos que aprovechar la coyuntura y las oportunidades que se nos presentan.
Este diálogo debe abrirse también a feministas y movimientos sociales de otros países. Esto nos ha llevado a la necesidad de vernos y analizaros en un contexto más amplio, de historizar nuestra experiencia y trabajo dentro de los cambios globales y de las tendencias políticas más recientes. El golpe de estado nos sacudió, nos hizo repensarnos, redireccionar nuestro trabajo. Nos hizo ver hacia la América completa, hacia lo que estaba sucediendo en otros países.
Otro de nuestros trabajos fundamentales desde el golpe de estado ha sido recabar información sobre las violaciones a los derechos humanos de las personas en el contexto de la represión desatada por el golpe de estado, sobre todo de las mujeres.
Los informes de distintas organizaciones defensoras de Derechos Humanos apuntan que la represión ha tenido como saldo más de 86 personas asesinadas[3], aunque se estima que esta cifra puede ser mucho más alta. Entre 4,000 y 6,000 personas han sido detenidas ilegalmente después de las manifestaciones o durante los toques de queda. Al menos 222 personas de La Resistencia tienen o han tenido juicios políticos, acusadas por delitos como terrorismo, sedición, daños a la propiedad. Miles de personas han sufrido amenazas, hostigamiento y persecución[4]. Muchas juezas y jueces han sido perseguidos y hasta separados de sus cargos por aplicar de forma debida leyes, como el despido en mayo de este año 3 jueces, una magistrada y un defensor público del Poder Judicial. La libertad de expresión también ha sido violentada durante el golpe de estado, mediante la extrema violencia empleada por los cuerpos militares y policiales en las manifestaciones, que ha dejado como saldo miles de personas heridas durante o después de las manifestaciones; el asesinato de periodistas de la oposición; y la interrupción o cierre de los programas radiales de La Resistencia.
En el informe “Violaciones a los Derechos Humanos de las Mujeres después del Golpe de Estado en Honduras”, denunciamos que 7 mujeres de La resistencia han sido asesinadas con visos políticos, y que 20 personas de la comunidad LGTTB han sido asesinadas en el marco de los toques de queda, que eran decretos del gobierno donde se prohibía la libertad de circulación y de manifestación, entre otros derechos[5]. La inseguridad que se ha generado después del golpe de estado también se tradujo en un aumento de los femicidios en el país, ya que en el 2009, se produjeron 212 casos de femicidio, más que los años anteriores[6].
La represión contra las mujeres tiene la característica que va dirigido directamente hacia nuestro cuerpo sexuado, en una clara muestra del desprecio de esta sociedad al cuerpo y a la integridad de las mujeres. También, hemos podido comprobar que a medida que las mujeres hemos ido teniendo más visibilidad en la resistencia y en las manifestaciones, se ha incrementado la violencia policial contra nosotras, como si nos castigaran por ser mujeres y ejercer nuestro derecho a protestar. Sin duda, la violencia desatada contra las mujeres es expresión de odio misógino hacia las mujeres, que en contextos de guerra como el que se está viviendo, hacen del cuerpo de las mujeres un campo de batalla. Al menos 12 mujeres de La Resistencia han sido víctimas de violaciones sexuales cometidas por uno o más agentes de la policía o los cuerpos militares. 2 de cada 10 mujeres denuncian haber recibido agresiones sexuales durante o después de las manifestaciones[7].
Logramos presentar este informe en la Comisión Interamericana de Derechos Humanos, en noviembre del 2009, lo que permitió que se conociera en el ámbito internacional la situación específica de violaciones a los derechos humanos que se están cometiendo en el país contra las mujeres. Además, hemos elaborado y difundido boletines sobre la situación del país y de las mujeres después del golpe; y comunicados y denuncias internacionales.
Las feministas también participamos en instancias de defensa y denuncia de los derechos humanos, como el Frente de Abogados Contra el Golpe de Estado y la Plataforma de Derechos Humanos de Honduras, desde las cuales se han documentado y presentado denuncias ante la Corte Suprema de Justicia y la Fiscalía, aunque estas instituciones han sido cómplices de las violaciones a nuestros derechos y de la impunidad que prevalece en Honduras. Hasta el 25 de noviembre, en coordinación con otras instituciones, hemos presentado 42 denuncias ante la Fiscalía por distintas violaciones a los derechos humanos; 43 recursos de amparo, 26 recursos de habeas corpus, y 10 recursos de inconstitucionalidad. Hasta el momento a estos recursos no se les ha dado el curso legal correspondiente (no son recibidos o no se ha realizado ninguna diligencia investigativa), lo que deja ver la completa indefensión en la que se encuentran las personas que han sufrido violaciones a sus derechos humanos. En contraste, hemos visto como el sistema de justicia actúa con una diligencia inusual para aprobar amnistías, leyes y decretos a los perpetradores del golpe.
Tengo que admitir que para muchas y muchos de nosotros, las palabras “derechos humanos” tienen ahora otro significado. Antes del golpe, de alguna manera identificábamos este concepto con la postura tibia de algunos organismos internacionales; que muchas veces se han limitado a incluirlo en sus discursos, pero en la práctica no hacen esfuerzos concretos frente a los gobiernos para reclamar su respeto y cumplimiento. Pero estos días de tanta obscuridad y zozobra, han sido nuestra herramienta de trabajo, forman parte de un lenguaje común que nos ha ayudado a trascender fronteras, que ha permitido que lo que ha sucedido en Honduras se conozca en todo el mundo.
Desde el golpe, las palabras democracia y ciudadanía tienen otros significados. Si bien la consecución de una ciudadanía plena, activa y reivindicativa para las mujeres ha sido siempre parte de nuestras reivindicaciones, la historia que arrastramos de violencia política, golpes de estado y militarismo (a todo lo largo del siglo XX Honduras vivió 7 golpes de estado y más de 40 años de dictaduras militares), hizo que muchas nos contentáramos con la democracia que teníamos, con tener elecciones más o menos libres cada cuatro años, con haber logrado la aprobación de una ley donde se garantiza un 30% de la participación de las mujeres en los cargos de elección popular. Estábamos consientes de las limitaciones de nuestra democracia y de nuestro sistema político, pero de alguna manera, esa era la medida de nuestras aspiraciones. Pero esto también cambió después del golpe de estado.
Ahora nos queda claro que tenemos una clase política y empresarial, apoyada por las derechas y los grupos de poder de todo el continente, que va a impedir a toda costa que se realicen cambios sociales que transformen las estructuras sociales y de poder que determinan que Honduras siga siendo uno de los países más pobres del continente. Todo lo sucedido nos hizo ver la fragilidad de nuestra democracia, la necesidad de trabajar de forma más activa por un nuevo de sistema político donde los movimientos sociales tengan voz y voto, representación y cuotas de poder.
Que es lo que queremos…
Aunque dentro de La Resistencia tenemos claridad en cuanto a nuestros objetivos, todavía quedan muchas preguntas pendientes. ¿Cómo vamos a lograr detener los asesinatos y las violaciones a los derechos humanos? ¿Cómo logramos que este movimiento, nacido en la espontaneidad de la lucha se mantenga? ¿Cómo logramos una mayor cohesión y unidad dentro del Frente Nacional de Resistencia Popular, que es el nombre de la plataforma que surgió después del golpe, que aglutina a todos estos movimientos y organizaciones?
Teniendo en cuenta las condiciones actuales es difícil tratar de dar pautas acerca del futuro del país, dado que continúa la represión y el terrorismo de estado. Según uno de los últimos informes publicados en el país, desde que Pepe Lobo asumió el poder se han denunciado 707 casos de violaciones a los derechos humanos, 53 detenciones ilegales, y 23 barrios y colonias considerados como de La Resistencia han sido objetos de cateo por fuerzas de seguridad[8]. 28 personas de la resistencia han sido asesinadas en 4 meses de gobierno[9]. Las y los líderes de La resistencia continúan siendo objeto de amenazas y atentados, por lo que muchas personas han tenido que cambiar de ciudad o de país para salvar sus vidas.
De momento, las estrategias de La Resistencia apuntan a fortalecer este movimiento, y a la realización de una Asamblea Nacional Constituyente, de donde salgan las propuestas de construcción de un nuevo estado y de nuevas formas de participación política y construcción ciudadana más incluyentes y representativas.
En este proceso, las feministas estamos luchando por la reforma de los artículos constitucionales y de los textos de otras leyes y códigos, para que se incluya el principio de igualdad y de equidad entre los géneros como la base ética y política fundamental del estado de derecho. Luchamos por la refundación del estado, por la abolición del ejército, por un estado laico, por la transformación de las estructuras estatales y los poderes públicos, por la refundación del Instituto Nacional de la Mujer, que después de golpe se ha aliado con los sectores más conservadores del país, lo que ha provocado un franco retrocesos a nuestros derechos humanos. Peleamos por nuevas formas de participación política, donde las mujeres tengamos acceso a los puestos públicos, y seamos parte de los procesos políticos de transformación del país. Exigimos que los presupuestos del estado sean articulados desde la perspectiva de género, de manera que todos los programas y proyectos contemplen recursos equitativos para las mujeres.
El reconocimiento y libre ejercicio de los demás derechos sexuales y derechos reproductivos de las mujeres se han convertido, hoy más que nunca, en el centro de nuestras luchas. Proponemos y luchamos por el derecho a la elección libre y voluntaria de la maternidad, a la interrupción legal del embarazo; la diversidad sexual, y la derogación de las leyes que prohíben el uso y distribución de las Pastillas Anticonceptivas de Emergencia. Exigimos al estado la obligatoriedad del estado de impulsar reformas en la currícula educativa y en los planes de estudio de las escuelas, colegios y universidad encaminadas a instituir la educación en derechos humanos de las mujeres, sobre todo, en lo relacionado con el derecho a la vida no violenta y a los derechos sexuales y los derechos reproductivos de las mujeres.
Decimos ¡no más! a la violencia contra las mujeres. Exigimos que en el nuevo estado que queremos, se implementen políticas públicas y programas estatales que tomen medidas contundentes y efectivas para parar los femicidios, para sancionar como se debe la violencia contra las mujeres en todas sus manifestaciones.
Estas son nuestras luchas. Las mujeres somos estrellas luminosas y ardientes cuando olemos opresión, como dice Blanca Guifarro, poetisa hondureña. Las Feministas en Resistencia nacimos el 28 de junio, día del nefasto golpe de estado. Hemos estado día tras día en las calles marchando con todo el pueblo hondureño, que dijo NO MAS a las injusticias cometidas. Sabemos que el camino que nos queda es largo, que nos falta todavía mucho por recorrer y luchar, pero nos guía la convicción de la búsqueda de la justicia, de que podemos construir un mundo diferente, una matria diferente, donde las mujeres tengamos el lugar que nos corresponde.
[1] Jose Antonio Cordero. Honduras, desempeño económico reciente. Center for Economics and Policy Research. Washington D.C. Noviembre 2009.
[2] Sobre la historia del movimiento feminista en Honduras, se puede consultar a Rina Villars. Para la casa más que para el mundo: Sufragismo y Feminismo en la Historia de Honduras. (Honduras: Editorial Guaymuras, 2001).
[3] Este dato se obtuvo de información proporcionada por organizaciones defensoras de derechos humanos, como el Comité de Familiares y Desaparecidos de Honduras, COFADEH, del Centro de Prevención y Tratamiento de la Tortura (CPTRT), del Centro de Información y Promoción de los Derechos Humanos, CIPRODEH, de las Feministas en Resistencia; de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos, CIDH, y Amnistía Internacional, entre otros; y denuncias realizadas a través de medios electrónicos, como www.voselsoberano.com, y www.defensoresenlinea.com. Sin embargo, hay que tener en cuenta que según los registros del COFADEH, que es la organización que ha hecho un trabajo de sistematización más completo, se han producido 47 asesinatos desde el golpe de estado. Para más detalles ver Comité de Familiares y Desaparecidos de Honduras, COFADEH. Informe Situación de Derechos Humanos en Honduras. III y IV Informe del COFADEH en el marco del golpe de estado. Tegucigalpa, Honduras, octubre 2009-Enero 2010; y Comunicado del COFADEH, “Suman 707 agresiones a derechos humanos por causas políticas tras 4 meses del régimen”, del 3 de junio del 2010, publicado en www.voselsoberano.com.
[4] Idem anterior.
[5] Red Lésbica Cattrachas. Asesinatos en el marco del golpe de estado de la comunidad LGTTBI Honduras. Tegucigalpa, 27 de enero del 2010.
[6] Centro de Estudio de la Mujer, CEM-H/Central America Woman Network, CAWN, Memoria Encuentro: Análisis y aportes jurídicos para la penalización del femicidio en Mesoamérica. Tegucigalpa, 2010.
[7] Feministas en Resistencia-Honduras. Violaciones a los Derechos Humanos de las Mujeres después del Golpe de Estado. Tegucigalpa, 25 de noviembre del 2009.
[8] Datos proporcionados por el Comité de Familiares y Desaparecidos de Honduras, COFADEH, del 30 de enero al 30 de junio del 2010. Para mas referencias ver www.voselsoberano.com.
[9] Según el informe anteriormente citado, la cifra de asesinatos políticos desde el 30 de enero hasta el 30 de junio es de 12 personas. Sin embargo, una lista elaborada de acuerdo con las noticias publicadas en diferentes diarios del país arroja un total de 28 asesinatos políticos.
[2] Sobre la historia del movimiento feminista en Honduras, se puede consultar a Rina Villars. Para la casa más que para el mundo: Sufragismo y Feminismo en la Historia de Honduras. (Honduras: Editorial Guaymuras, 2001).
[3] Este dato se obtuvo de información proporcionada por organizaciones defensoras de derechos humanos, como el Comité de Familiares y Desaparecidos de Honduras, COFADEH, del Centro de Prevención y Tratamiento de la Tortura (CPTRT), del Centro de Información y Promoción de los Derechos Humanos, CIPRODEH, de las Feministas en Resistencia; de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos, CIDH, y Amnistía Internacional, entre otros; y denuncias realizadas a través de medios electrónicos, como www.voselsoberano.com, y www.defensoresenlinea.com. Sin embargo, hay que tener en cuenta que según los registros del COFADEH, que es la organización que ha hecho un trabajo de sistematización más completo, se han producido 47 asesinatos desde el golpe de estado. Para más detalles ver Comité de Familiares y Desaparecidos de Honduras, COFADEH. Informe Situación de Derechos Humanos en Honduras. III y IV Informe del COFADEH en el marco del golpe de estado. Tegucigalpa, Honduras, octubre 2009-Enero 2010; y Comunicado del COFADEH, “Suman 707 agresiones a derechos humanos por causas políticas tras 4 meses del régimen”, del 3 de junio del 2010, publicado en www.voselsoberano.com.
[4] Idem anterior.
[5] Red Lésbica Cattrachas. Asesinatos en el marco del golpe de estado de la comunidad LGTTBI Honduras. Tegucigalpa, 27 de enero del 2010.
[6] Centro de Estudio de la Mujer, CEM-H/Central America Woman Network, CAWN, Memoria Encuentro: Análisis y aportes jurídicos para la penalización del femicidio en Mesoamérica. Tegucigalpa, 2010.
[7] Feministas en Resistencia-Honduras. Violaciones a los Derechos Humanos de las Mujeres después del Golpe de Estado. Tegucigalpa, 25 de noviembre del 2009.
[8] Datos proporcionados por el Comité de Familiares y Desaparecidos de Honduras, COFADEH, del 30 de enero al 30 de junio del 2010. Para mas referencias ver www.voselsoberano.com.
[9] Según el informe anteriormente citado, la cifra de asesinatos políticos desde el 30 de enero hasta el 30 de junio es de 12 personas. Sin embargo, una lista elaborada de acuerdo con las noticias publicadas en diferentes diarios del país arroja un total de 28 asesinatos políticos.
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C O M U N I C A D O
UNIÓN DE ESCRITORES Y
ARTISTAS DE HONDURAS - UEAH
Primer Aniversario del
Frente Nacional de Resistencia
C O M U N I C A D O
UNIÓN DE ESCRITORES Y
ARTISTAS DE HONDURAS - UEAH
Primer Aniversario del
Frente Nacional de Resistencia
Nosotros, Escritores y Artistas de Honduras, con ocasión de conmemorarse el primer aniversario del Frente Nacional de Resistencia y de la consumación del Golpe de Estado perpetrado contra el gobierno democrático de Manuel Zelaya Rosales, nos manifestamos así:
1. Que el día 28 de junio del año 2009, se ejecutó un golpe de Estado contra el gobierno democrático del Presidente Manuel Zelaya Rosales, mediante el cual la empresa privada, las Fuerzas Armadas, el Congreso Nacional, la Corte Suprema de Justicia, la Fiscalía General y los Partidos Políticos tradicionales Partido Liberal, Partido Nacional Democracia Cristiana y el Partido de Unidad Nacional, cometieron el delito de lesa patria, crimen deleznable que no prescribe y que en su momento los autores tendrán que responder ante la justicia popular por el delito constitucional más oprobioso contra la soberanía del pueblo hondureño.
2. Nuestra organización gremial de artistas, escritores, intelectuales, docentes e investigadores, fue la única organización en el momento mismo del golpe que salió a la palestra pública a condenar este acto vergonzoso que llena de luto, dolor y angustia al pueblo hondureño.
3. Que hemos mantenido una plataforma de lucha concomitante con los lineamientos del Frente Nacional de Resistencia Popular, organismo ante el cual hemos destacado representantes de nuestra organización gremial, con el objetivo de que los intelectuales honestos y beligerantes de nuestro país se manifiesten en contra del golpe de Estado, que a un año de su ejecución, sigue vigente con las actuales autoridades del gobierno espurio de Porfirio Lobo sosa.
4. Que en nuestro seno hemos desarrollado diversas actividades de apoyo al Frente Nacional de Resistencia Popular, incluyendo la publicación de tres textos de contenido político y estético, mismo que presentaremos en un acto público en la Universidad Nacional autónoma de Honduras, el día 2 de julio del presente año.
5. Nuestra organización gremial refrenda en este día su apoyo incondicional al FNRP y a todas las organizaciones nacionales que lo integran, y se suma a las diversas actividades recolectoras de las declaraciones soberanas, con el fin de instalar la Asamblea Nacional Constituyente y redactar la nueva Constitución de la República, conducente hacia la re-fundación de una Honduras nueva, soberana, verdaderamente independiente donde prevalezca la justicia, la igualdad y la solidaridad social.
6. Nuestras filiales en todo el país, al mismo triempo realizan diversas actividades conmemorativas y por ello les enviamos nuestro saludo solidario y les excitamos a proseguir con los diversas acciones de apoyo al FNRP.
7. Finalmente, condenamos el gobierno represor y espurio de Porfirio Lobo Sosa, títere de la embajada americana y de la ultraderecha hondureña, quienes prosiguen una política de terror, persecución y muerte contra las organizaciones democráticas que integran el Frente Nacional de Resistencia Popular, al mismo tiempo que le exigimos el respeto irrestricto a los derechos humanos conculcados sistemáticamente por este gobierno servil a los intereses del imperio norteamericano.
1. Que el día 28 de junio del año 2009, se ejecutó un golpe de Estado contra el gobierno democrático del Presidente Manuel Zelaya Rosales, mediante el cual la empresa privada, las Fuerzas Armadas, el Congreso Nacional, la Corte Suprema de Justicia, la Fiscalía General y los Partidos Políticos tradicionales Partido Liberal, Partido Nacional Democracia Cristiana y el Partido de Unidad Nacional, cometieron el delito de lesa patria, crimen deleznable que no prescribe y que en su momento los autores tendrán que responder ante la justicia popular por el delito constitucional más oprobioso contra la soberanía del pueblo hondureño.
2. Nuestra organización gremial de artistas, escritores, intelectuales, docentes e investigadores, fue la única organización en el momento mismo del golpe que salió a la palestra pública a condenar este acto vergonzoso que llena de luto, dolor y angustia al pueblo hondureño.
3. Que hemos mantenido una plataforma de lucha concomitante con los lineamientos del Frente Nacional de Resistencia Popular, organismo ante el cual hemos destacado representantes de nuestra organización gremial, con el objetivo de que los intelectuales honestos y beligerantes de nuestro país se manifiesten en contra del golpe de Estado, que a un año de su ejecución, sigue vigente con las actuales autoridades del gobierno espurio de Porfirio Lobo sosa.
4. Que en nuestro seno hemos desarrollado diversas actividades de apoyo al Frente Nacional de Resistencia Popular, incluyendo la publicación de tres textos de contenido político y estético, mismo que presentaremos en un acto público en la Universidad Nacional autónoma de Honduras, el día 2 de julio del presente año.
5. Nuestra organización gremial refrenda en este día su apoyo incondicional al FNRP y a todas las organizaciones nacionales que lo integran, y se suma a las diversas actividades recolectoras de las declaraciones soberanas, con el fin de instalar la Asamblea Nacional Constituyente y redactar la nueva Constitución de la República, conducente hacia la re-fundación de una Honduras nueva, soberana, verdaderamente independiente donde prevalezca la justicia, la igualdad y la solidaridad social.
6. Nuestras filiales en todo el país, al mismo triempo realizan diversas actividades conmemorativas y por ello les enviamos nuestro saludo solidario y les excitamos a proseguir con los diversas acciones de apoyo al FNRP.
7. Finalmente, condenamos el gobierno represor y espurio de Porfirio Lobo Sosa, títere de la embajada americana y de la ultraderecha hondureña, quienes prosiguen una política de terror, persecución y muerte contra las organizaciones democráticas que integran el Frente Nacional de Resistencia Popular, al mismo tiempo que le exigimos el respeto irrestricto a los derechos humanos conculcados sistemáticamente por este gobierno servil a los intereses del imperio norteamericano.
Viva el Frente Nacional de Resistencia Popular,
loor a los mártires caídos en la lucha por la democracia,
la justicia y la refundación de la patria nueva
HASTA LA VICTORIA SIEMPRE
UNIÓN DE ESCRITORES Y ARTISTAS DE HONDURAS
UEAH
*
COPINH:
Manifiesto de Conmemoración del Primer Año de Lucha Contra el Golpe de Estado político militar contra el pueblo hondureño
Nosotras y nosotros integrantes del Consejo Cívico de Organizaciones Populares e Indígenas de Honduras COPINH y parte de la inmensa Resistencia del Pueblo Hondureño, en ocasión de cumplirse el primer aniversario del cruento golpe político militar contra el pueblo hondureño, emitimos el siguiente manifiesto:
1.- Como verdadera resistencia nos manifestamos en la lucha frontal, sin vacilaciones, junto a cientos de miles personas que se movilizan en diferentes partes del territorio hondureño, para condenar el golpe militar, continuado ahora por Porfirio Lobo y su régimen, integrado por reconocidos golpistas como Romeo Vásquez Velásquez, Arturo Corrales Álvarez, Vilma Morales, entre otros.
2.- El golpe político militar ha significado toques de queda, estados de sitio, represión generalizada y selectiva, cierre de medios de comunicación, encarcelamientos masivos y selectivos, asesinatos de niños, jóvenes, hombres y mujeres, golpeados y golpeadas, y bajo tortura, así mismo el saqueo del erario nacional en miles de millones de lempiras, montos que fueron desviados a los bolsillos de los y las golpistas.
3.- El actual régimen es espurio e ilegítimo por cuanto surgió de elecciones bajo un régimen de facto, en las que se abstuvo más 70% de la población y el objeto de las mismas fue el blanqueo del golpe de estado político militar. El golpe de estado se expresa en la actualidad con grandes paquetazos económicos, asesinatos políticos, secuestros y tortura encaminando al país a ser un país manejado por el crimen organizado y el paramilitarismo en el gran proyecto conocido como la “colombianización” de Honduras.
4.- Con el golpe de estado se han profundizado en Honduras la entrega de nuestros ríos para hacer represas para la venta de energía hidroeléctrica a favor de las transnacionales y oligarcas tal es el caso de los proyectos de represas del Gualcarque, las del Río Negro, del Uluita, Mixcure y otras en beneficio de las empresas Inversa, Ríos Power, ENERSA, TERRA, CISA entre otras, de igual manera los proyectos de explotación minera, forestal y turistica, de expropiación de tierras y territorios, privatización del agua, politización de la educación mediante el asalto a las direcciones departamentales y las asociaciones de educación comunitaria y la violación de los derechos laborales.
5.- Este golpe de estado impulsado por los Estados Unidos, la derecha latinoamericana, la oligarquía y las fuerzas represivas no sólo es contra Honduras sino contra los pueblos latinoamericanos siendo la antesala del retorno de las dictaduras militares y la guerra total del imperialismo yanqui contra los movimientos emancipadores de nuestra América, imperialismo que ha diseñado este plan para su ultimo atrincheramiento ante sus derrotas mundiales.- Esta guerra contempla ocupaciones militares, asesinatos masivos y otros crueles actos de represión.
6.- Condenamos por ser cómplice del golpismo y el proyecto de muerte neoliberal a los organismos financieros como el Banco Mundial, el BID, FMI, USAID y la Unión Europea que impulsan la impunidad trasnacional, la deuda ilegitima y el incremento de la pobreza y el saqueo.
7.- Llamamos a todo nuestro heroico pueblo a avanzar de manera organizada en la Refundación de Honduras construyendo y articulando los poderes constituyentes para derrotar la institucionalidad agotada, ensuciada y golpista en el congreso nacional, la corte suprema de justicia, el ministerio público, el poder ejecutivo y dar pie a la asamblea nacional constituyente popular y democrática que reconozca la diversidad en todas sus formas, la pluriculturalidad, el multilingüismo, los derechos de los pueblos indígenas y negros, la revolución agraria, el respeto a la naturaleza y la equidad en todo sentido.
8.- Manifestamos que no descansaremos hasta que retorne a la patria el presidente Manuel Zelaya Rosales, el padre Andrés Tamayo y todas las exiladas y exilados que han sido expulsados del territorio nacional.
9.- Hacemos un llamado a nuestros hermanos y hermanas a fortalecer el Frente Nacional de Resistencia Popular, no para hacer de este un instrumento electorero sino como un frente incluyente, participativo, consecuente y coherente con la Refundación que es sinónimo de democracia, inclusión, equidad, respeto a la diversidad y amplitud como un frente político del pueblo anticapitalista, anti patriarcal, antirracista y antiimperialista.
Con la fuerza ancestral de Lempira, Mota, Iselaca y Etempica se levantan nuestras voces llenas de justicia, libertad y paz.
1.- Como verdadera resistencia nos manifestamos en la lucha frontal, sin vacilaciones, junto a cientos de miles personas que se movilizan en diferentes partes del territorio hondureño, para condenar el golpe militar, continuado ahora por Porfirio Lobo y su régimen, integrado por reconocidos golpistas como Romeo Vásquez Velásquez, Arturo Corrales Álvarez, Vilma Morales, entre otros.
2.- El golpe político militar ha significado toques de queda, estados de sitio, represión generalizada y selectiva, cierre de medios de comunicación, encarcelamientos masivos y selectivos, asesinatos de niños, jóvenes, hombres y mujeres, golpeados y golpeadas, y bajo tortura, así mismo el saqueo del erario nacional en miles de millones de lempiras, montos que fueron desviados a los bolsillos de los y las golpistas.
3.- El actual régimen es espurio e ilegítimo por cuanto surgió de elecciones bajo un régimen de facto, en las que se abstuvo más 70% de la población y el objeto de las mismas fue el blanqueo del golpe de estado político militar. El golpe de estado se expresa en la actualidad con grandes paquetazos económicos, asesinatos políticos, secuestros y tortura encaminando al país a ser un país manejado por el crimen organizado y el paramilitarismo en el gran proyecto conocido como la “colombianización” de Honduras.
4.- Con el golpe de estado se han profundizado en Honduras la entrega de nuestros ríos para hacer represas para la venta de energía hidroeléctrica a favor de las transnacionales y oligarcas tal es el caso de los proyectos de represas del Gualcarque, las del Río Negro, del Uluita, Mixcure y otras en beneficio de las empresas Inversa, Ríos Power, ENERSA, TERRA, CISA entre otras, de igual manera los proyectos de explotación minera, forestal y turistica, de expropiación de tierras y territorios, privatización del agua, politización de la educación mediante el asalto a las direcciones departamentales y las asociaciones de educación comunitaria y la violación de los derechos laborales.
5.- Este golpe de estado impulsado por los Estados Unidos, la derecha latinoamericana, la oligarquía y las fuerzas represivas no sólo es contra Honduras sino contra los pueblos latinoamericanos siendo la antesala del retorno de las dictaduras militares y la guerra total del imperialismo yanqui contra los movimientos emancipadores de nuestra América, imperialismo que ha diseñado este plan para su ultimo atrincheramiento ante sus derrotas mundiales.- Esta guerra contempla ocupaciones militares, asesinatos masivos y otros crueles actos de represión.
6.- Condenamos por ser cómplice del golpismo y el proyecto de muerte neoliberal a los organismos financieros como el Banco Mundial, el BID, FMI, USAID y la Unión Europea que impulsan la impunidad trasnacional, la deuda ilegitima y el incremento de la pobreza y el saqueo.
7.- Llamamos a todo nuestro heroico pueblo a avanzar de manera organizada en la Refundación de Honduras construyendo y articulando los poderes constituyentes para derrotar la institucionalidad agotada, ensuciada y golpista en el congreso nacional, la corte suprema de justicia, el ministerio público, el poder ejecutivo y dar pie a la asamblea nacional constituyente popular y democrática que reconozca la diversidad en todas sus formas, la pluriculturalidad, el multilingüismo, los derechos de los pueblos indígenas y negros, la revolución agraria, el respeto a la naturaleza y la equidad en todo sentido.
8.- Manifestamos que no descansaremos hasta que retorne a la patria el presidente Manuel Zelaya Rosales, el padre Andrés Tamayo y todas las exiladas y exilados que han sido expulsados del territorio nacional.
9.- Hacemos un llamado a nuestros hermanos y hermanas a fortalecer el Frente Nacional de Resistencia Popular, no para hacer de este un instrumento electorero sino como un frente incluyente, participativo, consecuente y coherente con la Refundación que es sinónimo de democracia, inclusión, equidad, respeto a la diversidad y amplitud como un frente político del pueblo anticapitalista, anti patriarcal, antirracista y antiimperialista.
Con la fuerza ancestral de Lempira, Mota, Iselaca y Etempica se levantan nuestras voces llenas de justicia, libertad y paz.
¡¡Viva el Paro Cívico Nacional !!
¡¡Viva el COPINH!!
¡¡Viva la resistencia!!
La Esperanza, Intibucá, Honduras, 27 de junio del 2010
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Manifiesto Artistas en Resistencia
Nuestro compromiso cultural
Nuestro compromiso cultural
De entre todas las posiciones en que hemos debido pronunciarnos ante el mundo, ante nuestro pueblo y ante nosotros mismos, ha sido el escenario de barbarie del Golpe de Estado del 2009, el que nos ha revelado con mayor nitidez en nuestras más profundas convicciones.
Porque la belleza no ha sido para nosotros esa musa de fantasía que llega a tocarnos con su varita redentora, magia que para muchos, sirve para iluminar los salones y servir de ornamento en las bodegas bancarias o en los actos cívicos donde la palmadita en los hombros pretende comprender lo que en esencia es un permanente mundo en rebelión.
El Artista en Resistencia se niega a la exclusión porque él o ella misma sobrepasa con su libertad los límites de un sistema momificado; el Artista en Resistencia se niega a ser la cifra de un presupuesto nacional cuya mayor barbarie es considerar al creador de arte una comparsa más en su carnaval efímero.
Consientes del poder liberador y formativo que tenemos entre manos y herederos de todas las fuerzas acumuladas en el espíritu sometido de nuestros hermanos y nuestras hermanas, declaramos que nuestro nombre es PUEBLO y que nuestra mayor arma es la DIGNIDAD, mezcla exacta para explotar jubilosos ante el rostro del oligarca y desdibujarle su jardín de las delicias.
Somos, la reserva ética y crítica de la sociedad, somos la piedra en el zapato de los autómatas burgueses, los incómodos, los delirantes, los habitantes de una nube de tormenta que indaga, trepida y limpia a fondo la arcaica edificación de la moral golpista, la carcomida barraca de la bestialidad militar y las corbatas sangrientas del ejecutivo empresarial; y en esto no somos diferentes a lo que siente el oprimido en su barrio, el campesino en su tierra usurpada, la mujer cosificada por el macho sutil y violento, el pueblo, ¡en fin! mortificado en masa por el hambre y sus cálculos…
Somos, entonces, los que no dudamos en asumirnos libres de sus moldes y burlas, los artistas y gestores culturales que reconocemos la importancia de la imaginación y la práctica en el urgente proceso por la refundación de Honduras, y por lo tanto, afilados en este proceso doloroso e históricamente necesario declaramos:
Primero:
Que nos declaramos obreros y obreras del arte, ciudadanos y ciudadanas como cualquier otra, albañiles y sembradores dispuestos y dispuestas a ofrecer nuestras armas creativas en la construcción de una patria justa, libre de golpistas y de gobiernos usurpadores a las órdenes de unos pocos privilegiados. Por tanto, nuestra consciencia y nuestro actuar solo deben obediencia al poder constituyente emanado de forma directa por el pueblo hondureño.
Segundo:
Que nuestra propuesta colectiva es contraria a lo intereses de las hegemonías dominantes cuya mayor afición ha sido siempre coleccionar tanto obras como artistas con el único fin de someterlos a sus límites de consumo. Contra puestos a esta cultura de explotación y opresión nos sumamos a los intereses y aspiraciones históricas del pueblo hondureño en su gran mayoría.
Tercero:
Que buscamos construir desde la libertad y la responsabilidad revolucionaria nuevos caminos para la creación, auto-gestión y comunicación, caminos que inician en la cimentación de un pensamiento independiente entroncado en el urgente proceso de cambio social. Por tanto, en Artista en Resistencia tomamos distancia de la anestesia, acomodamiento y condiciones que los organismos gubernamentales y no gubernamentales promueven como políticamente correcto.
Cuarto:
Que definimos al arte como una herramienta combativa e inclaudicable, indispensable para el fortalecimiento de una cultura de liberación.
Quinto:
Que buscamos construir a partir de la formación, el dialogo y la dialéctica un lenguaje estético que revolucione y que sea consecuente con los códigos históricos y el imaginario del ser humano hondureño.
Sexto:
Que seguiremos privilegiando por sobre todo el accionar en los espacios públicos de nuestras comunidades y barrios, buscando así democratizar las manifestaciones artísticas y culturales, liberándolas del encarcelamiento y banalización a la que han sido sometidas por parte de la burguesía golpista. El arte y la cultura surgen del pueblo y debe ser entregadas al pueblo, para así ser resignificadas, reaprendidas y revaloradas en un ciclo de creación infinita.
Séptimo:
Que con la gran construcción anímica que el arte y la cultura ya han sabido diseñar en nuestro interior, buscamos proyectar y levantar infraestructuras y espacios de creación y producción independientes dispuestos al acceso público y la libre expresión.
Octavo:
Que consideramos, como uno de nuestros mayores retos y contribuciones, el apoyar la cimentación del pensamiento en resistencia, surgido desde las entrañas del razonamiento universal y el imaginario popular.
Noveno:
Rechazamos la idea aplastante y excluyente de que existe una identidad nacional. El pueblo hondureño es tan rico y diverso como la naturaleza de la que vive y de la que se sustenta, por tanto en Artistas en Resistencia negamos la imposición de una identidad nacional por sobre la diversidad de identidades colectivas que nutren al pensamiento en liberación.
Decimo:
Los y las Artistas en Resistencia nos declaramos hijos e hijas herederas de la lucha y pensamiento unionista de Francisco Morazán, y desde su ejemplo nuestra lucha y pensamiento trascienden el nacionalismo a ultranza promovido por el golpismo, siendo por lo tanto eminentemente latinoamericanista, solidario a las luchas y reivindicaciones socialistas de todos los pueblos sometidos y explotados por el imperialismo norteamericano.
Decimo primero:
La construcción y el fortalecimiento de nuestro ser y pensar se alimenta del diálogo y el debate interdisciplinario bajo un clima de respeto y aliento mutuo. Consideramos la diversidad creativa y estética en todas sus manifestaciones uno de nuestros valores más preciados para la consolidación de la conciencia social.
Decimo segundo:
Declaramos nuestro rechazo y ruptura total con los medios golpistas hegemónicos, por tanto apoyamos el empoderamiento de medios de comunicación libres, comunitarios y alternativos como instrumentos indispensables para hacer oír la voz de los privados y privadas de todo.
Decimo tercero:
Exhortamos a las y los artistas, a los ciudadanos y ciudadanas conscientes a hacer suyo este manifiesto y luchar por hacer realidad lo que este contiene, asegurándoles que no hubo arte significativo en la historia que no tuviera antes una revolución en nuestras concepciones, es decir, el deber inagotable de subvertir la lógica de los muertos en vida que hoy pretenden marcar nuestra vitalidad y libertad.
¡No aguantaremos nunca más la humillación, porque nuestro arte es también, acción combativa irreductible!!
¡Somos artistas armados de cultura contra la barbarie!!
Venceremos!!
Dado a los 28 días del mes de junio de 2010
Porque la belleza no ha sido para nosotros esa musa de fantasía que llega a tocarnos con su varita redentora, magia que para muchos, sirve para iluminar los salones y servir de ornamento en las bodegas bancarias o en los actos cívicos donde la palmadita en los hombros pretende comprender lo que en esencia es un permanente mundo en rebelión.
El Artista en Resistencia se niega a la exclusión porque él o ella misma sobrepasa con su libertad los límites de un sistema momificado; el Artista en Resistencia se niega a ser la cifra de un presupuesto nacional cuya mayor barbarie es considerar al creador de arte una comparsa más en su carnaval efímero.
Consientes del poder liberador y formativo que tenemos entre manos y herederos de todas las fuerzas acumuladas en el espíritu sometido de nuestros hermanos y nuestras hermanas, declaramos que nuestro nombre es PUEBLO y que nuestra mayor arma es la DIGNIDAD, mezcla exacta para explotar jubilosos ante el rostro del oligarca y desdibujarle su jardín de las delicias.
Somos, la reserva ética y crítica de la sociedad, somos la piedra en el zapato de los autómatas burgueses, los incómodos, los delirantes, los habitantes de una nube de tormenta que indaga, trepida y limpia a fondo la arcaica edificación de la moral golpista, la carcomida barraca de la bestialidad militar y las corbatas sangrientas del ejecutivo empresarial; y en esto no somos diferentes a lo que siente el oprimido en su barrio, el campesino en su tierra usurpada, la mujer cosificada por el macho sutil y violento, el pueblo, ¡en fin! mortificado en masa por el hambre y sus cálculos…
Somos, entonces, los que no dudamos en asumirnos libres de sus moldes y burlas, los artistas y gestores culturales que reconocemos la importancia de la imaginación y la práctica en el urgente proceso por la refundación de Honduras, y por lo tanto, afilados en este proceso doloroso e históricamente necesario declaramos:
Primero:
Que nos declaramos obreros y obreras del arte, ciudadanos y ciudadanas como cualquier otra, albañiles y sembradores dispuestos y dispuestas a ofrecer nuestras armas creativas en la construcción de una patria justa, libre de golpistas y de gobiernos usurpadores a las órdenes de unos pocos privilegiados. Por tanto, nuestra consciencia y nuestro actuar solo deben obediencia al poder constituyente emanado de forma directa por el pueblo hondureño.
Segundo:
Que nuestra propuesta colectiva es contraria a lo intereses de las hegemonías dominantes cuya mayor afición ha sido siempre coleccionar tanto obras como artistas con el único fin de someterlos a sus límites de consumo. Contra puestos a esta cultura de explotación y opresión nos sumamos a los intereses y aspiraciones históricas del pueblo hondureño en su gran mayoría.
Tercero:
Que buscamos construir desde la libertad y la responsabilidad revolucionaria nuevos caminos para la creación, auto-gestión y comunicación, caminos que inician en la cimentación de un pensamiento independiente entroncado en el urgente proceso de cambio social. Por tanto, en Artista en Resistencia tomamos distancia de la anestesia, acomodamiento y condiciones que los organismos gubernamentales y no gubernamentales promueven como políticamente correcto.
Cuarto:
Que definimos al arte como una herramienta combativa e inclaudicable, indispensable para el fortalecimiento de una cultura de liberación.
Quinto:
Que buscamos construir a partir de la formación, el dialogo y la dialéctica un lenguaje estético que revolucione y que sea consecuente con los códigos históricos y el imaginario del ser humano hondureño.
Sexto:
Que seguiremos privilegiando por sobre todo el accionar en los espacios públicos de nuestras comunidades y barrios, buscando así democratizar las manifestaciones artísticas y culturales, liberándolas del encarcelamiento y banalización a la que han sido sometidas por parte de la burguesía golpista. El arte y la cultura surgen del pueblo y debe ser entregadas al pueblo, para así ser resignificadas, reaprendidas y revaloradas en un ciclo de creación infinita.
Séptimo:
Que con la gran construcción anímica que el arte y la cultura ya han sabido diseñar en nuestro interior, buscamos proyectar y levantar infraestructuras y espacios de creación y producción independientes dispuestos al acceso público y la libre expresión.
Octavo:
Que consideramos, como uno de nuestros mayores retos y contribuciones, el apoyar la cimentación del pensamiento en resistencia, surgido desde las entrañas del razonamiento universal y el imaginario popular.
Noveno:
Rechazamos la idea aplastante y excluyente de que existe una identidad nacional. El pueblo hondureño es tan rico y diverso como la naturaleza de la que vive y de la que se sustenta, por tanto en Artistas en Resistencia negamos la imposición de una identidad nacional por sobre la diversidad de identidades colectivas que nutren al pensamiento en liberación.
Decimo:
Los y las Artistas en Resistencia nos declaramos hijos e hijas herederas de la lucha y pensamiento unionista de Francisco Morazán, y desde su ejemplo nuestra lucha y pensamiento trascienden el nacionalismo a ultranza promovido por el golpismo, siendo por lo tanto eminentemente latinoamericanista, solidario a las luchas y reivindicaciones socialistas de todos los pueblos sometidos y explotados por el imperialismo norteamericano.
Decimo primero:
La construcción y el fortalecimiento de nuestro ser y pensar se alimenta del diálogo y el debate interdisciplinario bajo un clima de respeto y aliento mutuo. Consideramos la diversidad creativa y estética en todas sus manifestaciones uno de nuestros valores más preciados para la consolidación de la conciencia social.
Decimo segundo:
Declaramos nuestro rechazo y ruptura total con los medios golpistas hegemónicos, por tanto apoyamos el empoderamiento de medios de comunicación libres, comunitarios y alternativos como instrumentos indispensables para hacer oír la voz de los privados y privadas de todo.
Decimo tercero:
Exhortamos a las y los artistas, a los ciudadanos y ciudadanas conscientes a hacer suyo este manifiesto y luchar por hacer realidad lo que este contiene, asegurándoles que no hubo arte significativo en la historia que no tuviera antes una revolución en nuestras concepciones, es decir, el deber inagotable de subvertir la lógica de los muertos en vida que hoy pretenden marcar nuestra vitalidad y libertad.
¡No aguantaremos nunca más la humillación, porque nuestro arte es también, acción combativa irreductible!!
¡Somos artistas armados de cultura contra la barbarie!!
Venceremos!!
Dado a los 28 días del mes de junio de 2010
Artistas en Resistencia es una organización política cultural conformada por trabajadores/as de la cultura por la construcción del socialismo y la toma del poder popular. ¡Artistas armados de cultura contra la barbarie!
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